Kapaz, escolhido vice de Erundina na convençao do PSB, no dia 10, descarta qualquer possibilidade de recuo. "A aliança tornou-se mais sólida agora, pois a comissao provisória vai referendar uma decisao que já foi aprovada pelos diretórios municipal, estadual e nacional." Kapaz enfrenta resistências do filósofo Mangabeira Unger, que quer sair candidato a prefeito pelo PPS, e promoveu cerca de 9 mil novas filiaçoes ao partido.
A crise no PPS de Sao Paulo culminou na sexta-feira, com o adiamento da convençao, marcada para este sábado, e a intervençao no diretório municipal por uma comissao provisória, liderada pela presidente da legenda na capital, Irma Passoni. As medidas foram tomadas depois que diretórios zonais levantaram irregularidades em fichas de novos filiados. Segunda-feira será divulgada nova data para a convençao do PPS - provavelmente, o dia 28 -, além de normas para votaçao interna.
"Estavam tentando reverter decisao já referendada por meio de um processo de filiaçao sem critérios", aponta Kapaz. O deputado alega que a aliança com a chapa do PSB foi aprovada em votaçao no diretório municipal por maioria absoluta: 30 votos a 6. "Agora esse mesmo grupo de seis pessoas está tentando rebelar-se."
Mangabeira Unger argumenta que "a convençao é soberana" e mostra-se convicto de que conseguirá reverter a primeira votaçao. "Nao pode haver nenhuma convençao que eu nao ganhe; só se for em um gabinete fechado." Ele promete iniciar, a partir de segunda, uma série de providências contra a intervençao no diretório municipal. A primeira será uma consulta à Justiça Eleitoral, para tentar anular a comissao provisória.
O grupo de Mangabeira - que cancelou protesto marcado para este sábado, diante da Assembléia, alegando "respeito" ao velório da ex-deputada Erci Ayala, que ocorrera na véspera - promete reunir "líderes sindicais, de entidades religiosas, de diretórios e associaçoes de bairro" para defendê-lo.
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