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Petistas revelam que Lula pensa '25 horas por dia' em novo governo
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
09/11/2006 | 20:03
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Os petistas Jorge Viana, atual governador do Acre, e Binho Marques, que assumirá o Estado em 2007, admitiram nesta quinta-feira, após reunião com o presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, que Lula “está pensando 25 horas por dia na composição do novo governo. Além disso, tanto os governadores, quanto os parlamentares petistas afirmaram que o presidente tem pensado muito sobre a formação do novo governo, mas precisa de tempo para negociar com os partidos

“O transponder e o radar dele estão ligados para não ter colisão”, disse Viana. O próprio Lula admitiu que terá que pensar com muita calma nos novos nomes. “Tenho até o dia 31 de dezembro. Mais reunião do que eu estou fazendo é impossível”, assinalou. No entanto, segundo o governador do Acre, ele irá definir os nomes assim que o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, voltar das férias.

Alianças -
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, elogiou a mobilização dos apoios que resultaram na vitória de Lula. "Espero que essas energias políticas que se mobilizaram para eleger o presidente sejam também capazes de contribuir para o programa de governo", afirmou.

Entre os petistas, o ex-presidente do partido Ricardo Berzoini falou que se encontrou com o presidente e que ele entende que o PT continua a sua jornada de construção partidária. "Conversamos muito sobre o futuro do Brasil e do governo. É preciso construir com base ampla e participação popular, não só partidária", explicou. "O PT não pode ser colocado em segundo plano, e nem acredito que esteja sendo colocado."

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana, também aposta na articulação com os partidos políticos. "Estou seguro de que nós estamos de fato constituindo uma base bem mais sólida para garantir a governabilidade do segundo governo Lula. Estamos vivendo uma transição, acabamos de sair da eleição e ninguém consolida isso num estalar de dedos. A leitura correta é que teremos uma base mais sólida e mais numerosa para sustentar o governo Lula e termos mais tranquilidade para oferecer ao país reformas importantes, como a reforma política."

Nova equipe –
Lula ainda comentou que antes de formar a equipe ministerial para o segundo mandato quer, primeiro, conversar com lideranças de todas as bancadas dos partidos aliados. “Quero explicar a eles que tipo de governo quero fazer, como é que a coisa vai funcionar. A partir daí é que eu começarei a pensar se vou mudar, quem e quando”.

O petista negou qualquer tipo de complicação em torno da formação de sua nova equipe de governo. “Não existe nenhuma complicação. Se eu tive complicação para formar o governo, foi no primeiro mandato. No segundo mandato, eu já tenho o governo formado que ganhou as eleições. Eu acabo de sair de um jogo no qual obtemos uma vitória considerável. Então, eu não estou preocupado em montar o governo. Eu tenho até o dia 31 de dezembro”.

Lula reafirmou que no momento está mais preocupado em desobstruir medidas ainda pendentes na área de infra-estrutura e na área fiscal, “para que a gente possa começar o ano dando um salto de qualidade”, acrescentando que somente depois que fizer essas coisas é que irá começar a pensar em que governo vou fazer para o próximo ano.

Ao ser indagado sobre a política de integração da América do Sul e se estaria disposto a assumir a liderança dessa integração, o presidente disse que o que a América Latina precisa neste momento não é apenas de um líder.

“O que nós precisamos é da compreensão coletiva de que não existe saída individual para nenhum país do continente nesse mundo globalizado e que precisamos juntar nossas experiências, tirar proveito das similaridades existentes em cada país, discutir quais os nichos de oportunidades que cada país pode oferecer para investimentos e que possibilidades temos para fazer crescer nossa balança comercial”.



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