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Inadimplência na região está menor
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
19/06/2009 | 07:00
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Aos poucos, o índice de inadimplência na região vem diminuindo; conseqüencia imediata de maior cautela na hora de tomar crédito por conta da crise financeira e, portanto, se endividar.

Em Diadema, segundo informações da ACE (Associação Comercial e Empresarial do município), o número de consumidores que deixaram de pagar suas contas foi 7% superior em relação a maio do ano passado - a entidade não disponibiliza números absolutos. No entanto, o percentual já é menor se considerarmos março, quando o indicador foi 23% maior do que no mesmo mês do ano passado.

"As pessoas estão se endividando menos porque estão tomando menos crédito, estão mais cuidadosas. O Dia dos Namorados mesmo ficou abaixo das expectativas. Foi marcado por presentes baratos", justificou o presidente da ACE, Celso Ruiz.

Com base nas consultas que o comércio faz antes de liberar algum financiamento, em maio, mesmo registrando aumento de 10% de março para cá, elas foram 30% inferior ao mesmo período do ano passado.

ESTABILIDADE - Em Santo André, entre fevereiro e maio houve um equilíbrio em relação à busca por crédito e à inadimplência.

No mês passado, de acordo com a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) houve registro de 4.584 inclusões, número 4,8% superior ao registrado em março, porém, bem semelhante ao obtido em 2008. Se considerarmos as saídas do cadastro de devedores, a curva ascendente se mantém; em maio foram 2.379 a menos, número 10,5% maior do que o registrado em março.

Dá para concluir, portanto, que embora as inclusões tenham sido elevadas, as saídas foram ainda maiores. "Do total dos que entram no cadastro de inadimplentes, 72% sai após 60 dias, em média", afirmou o presidente da entidade, Sidnei Muneratti.

Muneratti acredita que um fator que contribuiu à estabilidade foi o impacto da crise na cidade. "Empresas como Mercedes, Pirelli e Bridgestone demitiram, mas não houve nenhuma redução expressiva. No caso da primeira empresa, ela inclusive readmitiu alguns funcionários". Com isso, portanto, foi possível manter o comércio varejista.

Em São Paulo, de acordo com pesquisa da Fecomercio, o total de famílias endividadas atingiu 49%, frente aos 52% registrados em maio, dado que indica estabilidade em relação a 2008. A inadimplência passou de 21% para 20% neste mês.

"Aqui o que influenciou não foi a cautela, a confiança do consumidor que aumentou. O crédito voltou a aparecer e passou a valer a pena pagar à vista com algum desconto do que à prazo e deixar algum dinheiro rendendo no banco, por conta da queda dos juros", disse Adelaide Reis, economista da instituição.




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