O líder anticastrista Luis Posada Carriles pediu asilo político nos Estados Unidos, onde entrou há pouco mais de um mês por meio da fronteira com o México. Carriles é procurado por atos de terrorismo em Cuba e na Venezuela e, após ficar um tempo preso, foi libertado no Panamá depois de conspirar para matar Fidel Castro.

O advogado de Carriles, Eduardo Soto, espera que o Serviço de Imigração dos Estados Unidos convoque seu cliente para uma apresentação levando em conta que ele "promoveu os interesses desse país durante aproximadamente quatro décadas".

Posada Carriles, 77 anos, é acusado por Havana por vários crimes nos últimos 40 anos, entre eles o atentado contra um avião cubano que, em 1976, custou a vida a 73 passageiros. O líder anticastrista foi detido na Venezuela, julgado duas vezes e escapou da prisão em 1985, quando o caso estava em processo de apelação. Depois, ele foi detido, processado e condenado no Panamá, mas graças a um indulto da ex-presidente Mireya Moscoso, conseguiu sua liberdade em agosto do ano passado.

Carriles também é procurado na Venezuela pelo bombardeio do avião em 1976, e Cuba pediu sua extradição por, entre outros crimes, bombas que usou, em 1997, contra vários hotéis em Havana, quando morreu o turista italiano Fabio di Celmo.

Por causa de Carriles, o presidente de Cuba, Fidel Castro, chegou a acusar na segunda-feira desta semana o governo dos Estados Unidos de patrocinar terroristas anticubanos em seu território e exigiu que a União Européia se pronunciasse sobre o assunto.