Economia Titulo Grande ABC
Vendas para Ano-Novo incrementam comércio

Apesar de gastarem menos, consumidores não
deixam de apostar em peças brancas e amarelas

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
29/12/2016 | 07:16
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Anderson Silva/DGABC


Mesmo em plena crise econômica, o brasileiro sempre dá um jeito de passar o Réveillon com uma roupa nova. Neste ano, as peças brancas e amarelas (que representam paz e dinheiro, respectivamente) dividem as preferências na hora da virada. O comércio agradece, pois esse movimento aquece as vendas para o Ano-Novo.

Ao circular por lojas de rua e dos shoppings, é possível encontrar peças de R$ 14,99 a R$ 300. Entre as opções com mais saída estão as bermudas e camisetas para o público masculino, e blusinhas, shorts e vestidos para o feminino.

Há 17 anos instalada no Centro de Santo André, a Segment’s Roupas Brancas registra aumento da procura dos clientes para compras de Réveillon, mas não como antes. Segundo o gerente do estabelecimento, Alexsandro Souza Matias, em relação às compras de 2015 há queda entre 20% e 30%. “Quem compra procura gastar o menos possível, leva camisetas por R$ 22,90, por exemplo, e bermudas de até R$ 80.”

Na mesma cidade, a unidade Sonia Modas Brancas, no local há 12 anos, conta que o público de rua para compras de Ano-Novo passou de 10% para 20%. “O restante dos meus clientes é, geralmente, da área da Saúde. No fim de ano é comum dar espaço maior ao outros consumidores. Não fosse pela crise, teríamos vendas ainda melhores”, cita a proprietária Maria Sonia Ferreira da Cruz.

Segundo ela, 90% das compras são de peças brancas sem brilho ou estampas. “Batas tipo indiana, por exemplo, chamam a atenção, especialmente as com rendas.”

Para o pagamento da roupa da virada, os clientes têm optado por parcelar as compras na maior quantidade possível. A maioria das lojas faz em até três vezes, dependendo de quanto foi gasto.

A loja de vestuário feminino Carmeblu, instalada no ParkShopping São Caetano, registra bom movimento por conta da virada do ano. “Estamos vendendo bastante vestidos longos, estampados, com a cara do verão. Camisa e blusinha, tanto brancas quanto amarelas, também têm saído bastante”, diz a vendedora Natália Pereira. O tíquete médio dos consumidores é de R$ 250. “Neste ano foi possível bater as metas em relação a 2015”, completa.

Na loja da Guaraná Brasil do Shopping Metrópole, em São Bernardo, a procura maior é por roupas brancas, seguidas por amarelas, azuis e vermelhas, além das de estampas florais. O consumidor encontra opções a partir de R$ 99, que fazem parte da coleção anterior. São shorts, vestido branco e blusinhas. “Das peças mais novas temos preços que variam, em média, de R$ 129 a R$ 150”, detalha a gerente Luana Patrícia.

A babá Renata de Souza Ribas, 38 anos, de Santo André, resolveu reciclar algumas peças neste ano para economizar. “Vou usar uma bermuda branca que comprei com mais antecedência, por R$ 40, com uma blusinha colorida que ganhei no amigo-secreto de fim de ano da família. Sempre que posso gosto de comprar peças novas, mas não tenho a superstição de, obrigatoriamente, ter peça nova. O que vale mesmo é o pensamento positivo”.

Para a filha, Maria Clara, 10, ela deve comprar alguma peça nova. “Mas é porque ela gosta e acaba me pedindo. No entanto, não quero gastar mais de R$ 50. Vou ver se encontro um vestido.” Para mãe e filha, as roupas brancas sempre serão peças-chave.  




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