Política Titulo Reforma da laje
Câmara de Sto.André gastará R$ 303 mil a mais em obra

Bispo Ronaldo concluirá intervenção três meses após promessa; plano inicial custava R$ 557,4 mil

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/12/2016 | 07:37
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Claudinei Plaza/DGABC


A Câmara de Santo André, presidida pelo bispo Ronaldo de Castro (PRB), despenderá R$ 303,5 mil a mais em obras de reforma do telhado do prédio legislativo – impermeabilização da laje, visando interromper infiltrações e goteiras –, elevando o custo total a R$ 860,9 mil, 54% superior ao plano inicial. A intervenção começada em julho previa gastos de R$ 557,4 mil, com finalização em setembro, antes do recesso parlamentar. A nova previsão de término é sexta-feira, depois de aditamentos e incremento no objeto. O republicano assinou contrato, na ocasião, com a empresa Ponto Forte Construções e Empreendimentos, que ainda executa trabalho na Casa.

No período de obras, a Câmara ficou alagada em pelo menos seis situações, após incidência de chuvas, provocando suspensão de sessões ordinárias e até o cancelamento do expediente dos servidores públicos. O atendimento aos munícipes foi afetado desde então. A justificativa da direção para o caos criado internamente apontava para a surpresa de encontrar uma segunda laje no local. A retirada do teto adicional teria ocasionado vazamentos no espaço. Com a inundação, estragos apareceram nos móveis e no piso, além do mau cheiro, embora a Casa negue prejuízos. Depois do primeiro aditamento, Ronaldo incluiu outro serviço: a remoção do piso de todos os gabinetes.

O Legislativo alegou que a obra encontra-se hoje em “fase de recebimento provisório”, o que significa dizer que a intervenção física “está totalmente finalizada”. “Toda a parte de impermeabilização foi feita. O objeto, concluído. Agora, a empresa presta serviço de limpeza, como de materiais”, pontuou, referindo-se, por exemplo, ao concreto que escorreu pelas paredes internas do prédio, próximas ao plenário. “Nos gabinetes, as mudanças também foram firmadas. Todos reformados”, afirmou, acrescentando que a limpeza é a parte que resta para terminar o processo nesses últimos dias do exercício.

Ronaldo garantiu que, pelo menos, os problemas de infiltração foram cessados e acredita que a obra “evitou catástrofe”. “Havia goteiras e as pilastras estavam cedendo, com rachaduras. Tudo indica que era sobrepeso das duas lajes e o desgaste do tempo (prédio tem 48 anos), mas agora encerram (as obras), sem nenhuma goteira, e não vai ser aditado (prazo novamente).”  




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