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Lucy Montoro em Diadema vai atrasar

Reforma para abrigar equipamento estadual
será entregue oito meses depois do prometido

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/12/2016 | 07:34
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Celso Luiz/DGABC


Prometida para setembro, a unidade da Rede Estadual Lucy Montoro em Diadema vai atrasar em ao menos oito meses. A Prefeitura, responsável pela obra de adequação de espaço no segundo andar do Quarteirão da Saúde, fechou somente neste mês contrato com nova empreiteira e jogou prazo de conclusão do equipamento para maio do ano que vem.

Com investimento na casa dos R$ 5,9 milhões (entre parte física e maquinário), o projeto foi anunciado em 2013 pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em atividade na cidade. A ideia era ocupar parte do Quarteirão da Saúde, equipamento municipal aberto em 2008 e localizado na Avenida Antônio Piranga, no Centro. A Rede Lucy Montoro, de reabilitação de pessoas com deficiência física, tomaria 1.900 metros quadrados do espaço.

A aposta para abertura célere da unidade em Diadema foi justamente a reutilização de área já construída, sendo necessárias somente adaptações para a Rede Lucy Montoro. A parceria entre Prefeitura e governo do Estado foi firmada para que a administração municipal remodelasse o segundo andar do Quarteirão da Saúde, enquanto a gestão estadual arcaria com custeio e gerenciamento do equipamento.

Em fevereiro, o governo de Lauro Michels (PV) assinou contrato com a Eplan Projetos e Construções – o valor da parte física do projeto ficou em R$ 3,39 milhões. A vigência do acordo iria até julho para que houvesse tempo de equipar o local antes de inaugurá-lo oficialmente, o que estava previsto para setembro.

Mas os primeiros sinais de atraso da obra foram vistos meses após a celebração do contrato com a Eplan. Em julho, a Prefeitura publicou no Diário Oficial aditamento contratual, esticando o prazo para outubro de conclusão da obra física. Mesmo assim, pouco andou.

Em outubro não havia trabalhadores para a adaptação do segundo andar do Quarteirão da Saúde. Houve movimento na Câmara de Diadema para instalação de CPI para investigar o caso, mas o debate não prosperou.

O governo decidiu, então, rescindir o contrato com a Eplan. No começo do mês, fechou acordo com a CEP Construções e Projetos. A empresa receberá R$ 2,19 milhões para finalizar o serviço iniciado pela Eplan. O prazo de conclusão é maio.

Pelo Portal da Transparência mantido pelo Paço diademense, a Eplan recebeu R$ 1,2 milhão para executar parte do serviço. O governo não respondeu aos questionamentos da equipe do Diário sobre se houve pedido de ressarcimento aos cofres públicos ou alguma outra punição à Eplan.

Atualmente, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro conta com 17 unidades em funcionamento em todo o Estado e realiza mais de 100 mil atendimentos por mês, conforme dados do governo do Estado. Estão em atividade as estruturas do Hospital de Clínicas, na Capital, além de unidades em Botucatu, Campinas, Fernandópolis, Jaú, Lapa, Marília, Mogi Mirim, Morumbi, Pariquera-Açu, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Umarizal e Vila Mariana. 




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