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Atentados contra xiitas no Iraque deixam pelo menos 30 mortos
Do Diário OnLine
Com Agências
18/02/2005 | 20:25
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A sexta-feira no Iraque foi marcada por uma série de ataques contra os xiitas, que fizeram pelo menos 30 mortos e dezenas de feridos, no momento em que esta comunidade, a maior do país, comemora o luto de Aschura - um ritual observado por milhões de xiitas no mundo para lembrar a morte violenta do imã Hussein, o mais venerado e neto do profeta Maomé, em Kerbala no ano de 680.

Antes destes ataques, Abdel Aziz Hakim, líder da chapa xiita vitoriosa nas eleições legislativas, acusou a polícia de Bagdá de ter torturado até a morte três de seus seguidores, num discurso para os fiéis realizado numa cerimônia na véspera das festividades da Aschura. Esta celebração era proibida durante o regime de Saddan Hussein.

Nenhum grupo reinvindicou a série de atentados até o momento, contudo autoridades iraquianas acreditam que as mortes foram causadas pelo jordaniano Abu Musab al Zarqawi.A denúncia foi feita pelo conselheiro nacional de Segurança iraquiano, Mowaffaq al Rubaie, à rede de TV americana CNN.

No ano passado, em Bagdá e Kerbala, atentados durante a festividade mataram 171 pessoas. 

Ataques - No último dos atentados oito pessoas morreram e 13 ficaram feridas no ataque suicida contra uma mesquita em Iskandariyah, 60 quilômetros ao sul de Bagdá. "Oito corpos foram encontrados e levados para o nosso hospital. Também deram entrada 13 feridos", informou o médico e diretor do hospital de Hilla (100 quilômetros ao sul de Bagdá), Mohammed Dia.

Um primeiro atentado fez 17 mortos e mais de 25 feridos, sendo praticado por um homem-bomba que acionou o seu cinturão de explosivos na mesquita de Kazimain, sul de Bagdá.

Pouco depois, outros dois homens-bomba se fizeram explodir na mesquita Ali Baya, leste da capital, matando mais três pessoas e ferindo outras 15, segundo números dados pelo hospital Yarmuk. O ataque ocorreu no momento em que os fiéis se prepararam para a oração.

O terceiro ataque foi perto de um café em Chula, noroeste de Bagdá, onde um morteiro matou três iraquianos, entre eles uma criança, e feriu mais cinco. "O morteiro caiu na rua perto do café, a cerca de cem metros do posto de polícia do bairro", declarou um médico do serviço de emergência do hospital al-Nur.

Dois soldados morreram e quatro civis ficaram feridos num atentado suicida contra um comando do exército iraquiano entre Mahmudiya e Latifiya, ao sul de Bagdá, segundo fontes militares e médicas.

Em Kirkuk (norte), um turcomano xiita foi morto na explosão de uma bomba perto de uma mesquita, segundo o chefe da polícia da cidade, o general Turhan Tussef.




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