A rentabilidade das instituições financeiras (lucros em relação ao patrimônio) subiu 20,6% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi de 13,6%.
No pólo oposto, as empresas resgistraram uma forte retração, e passaram de uma rentabilidade de 7,4% em março de 2002, a um resultado negativo de 0,17% este ano, segundo dados das consultoras Economatica e ABM Consulting, processados e divulgados pela edição desta segunda-feira do jornal Folha de S.Paulo.
A análise engloba 211 empresas, 81% das empresas com capital aberto no país. "A análise mostra que houve uma inversão nos indicadores das companhias: o lucro líquido passou de 20,1 bilhões de dólares em março de 2002 a um negativo de 343 milhões em março de 2003", afirma o jornal. Os setores com piores resultados foram a telefonia e energia.
A turbulência financeira que sacodiu os mercados brasileiros em 2002 terminou com uma desvalorização de 35% no real e um aumento da taxa básica de juros a 26,5% ao ano, ambos com efeito direto no desempenho das empresas.
Um efeito da desconfiança derivada dessa crise no país foi um corte do financiamento, que obrigou a muitas empresas a saldar suas dívidas em dólares.
Enquanto as empresas pagaram caro pela situação, os bancos obtiveram em 2002 resultados recordes em sua história, o que os converte nos mais rentáveis comparados com os resultados obtidos em outros países do mundo, revelou recentemente a ABM.
Os juros altos obtidos com os títulos públicos e o "spread" (margem de juros cobrado a seus clientes, tirando seu próprio custo de captação) geraram os lucros.
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