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Chuvas deixam 2,5 mi de deslocados no Paquistão
Da AFP
02/08/2010 | 08:50
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A preocupação com os riscos de epidemias aumentava nesta segunda-feira no Paquistão, assolado pelas maiores inundações em 80 anos, que deixaram 2,5 milhões de deslocados e nas quais 1,5 mil pessoas podem ter morrido.

Precipitações excepcionais ligadas à monção provocaram inundações e deslizamentos de terra, destruíram milhares de casas e devastaram terras agrícolas em uma das regiões mais pobres do Paquistão, já afetada pela violência dos talibãs e dos movimentos ligados à Al-Qaeda.

Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, as inundações no noroeste do Paquistão deixaram 2,5 milhões de deslocados em todo o país desde a semana passada.

"Nas zonas mais afetadas, povoados inteiros foram destruídos pelas águas", acrescentou, indicando que milhares de pessoas "perderam tudo".

Segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU (Organização das Nações Unidas), em quatro distritos do noroeste cerca de 980 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, um registro que poderá chegar a um milhão. Cerca de 80 mil casas ficaram completamente destruídas e 50 mil foram danificadas. Infraestruturas e plantações também foram afetadas.

O ministro da Informação da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, Mian Iftikhar Hussain, anunciou que 774 mortes tinham sido registradas, mas, acrescentou, "o número total de pessoas mortas nas inundações se situa entre 1.200 e 1.500".

Segundo Anwer Kazmi, porta-voz da maior associação de ajuda humanitária do país, a Edhi Foundation, pelo menos 1.256 pessoas morreram, com o distrito de Swat com o registrando 475 mortes.

De acordo com as autoridades locais, 53 pessoas morreram na Caxemira paquistanesa (norte); 26, na província do Baluchistão (sul); e 49, na província de Penjab (leste), a mais populosa do país.

As autoridades alertaram para uma epidemia de cólera e de gastrenterite em razão da falta de água potável.

"Estimamos que cerca de 100 mil pessoas, crianças em sua maior parte, contraíram cólera e doenças gástricas", declarou Syed Zahir Ali Shah, ministro da Saúde da província de Khyber Pakhtunkhwa.

"As necessidades mais urgentes continuam sendo comida, água potável, barracas e cuidados médicos", indicou em Genebra a OCHA (Organização de Coordenação de Questões Humanitárias).




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