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Jovens, álcool e drogas
Wilson Marini
07/02/2011 | 07:29
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Menor bebe na rua e ninguém fiscaliza, gritou em manchete o Diário do Grande ABC. O jornal mostrou que em noites de sexta-feira e sábado menores de idade, bebidas alcoólicas e drogas formam combinação explosiva, que está espalhada descaradamente em vários pontos de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Os encontros ocorrem em postos de gasolina, praças públicas, parques, estacionamentos de supermercados, locais abandonados, avenidas e portas de baladas. Diz a matéria: o objetivo da meninada é beber e beber, alguns fumam cigarros, outros narguilé (cachimbo árabe) e uma parte usa maconha.
Esse tipo de comportamento juvenil é um dos maiores desafios de autoridades, pais e educadores em quase todo o mundo. Alguns números mostram a gravidade do problema e como vem evoluindo nas estatísticas oficiais no Estado de São Paulo.
Em Americana, o número de menores flagrados com tráfico de drogas pela Polícia Civil aumentou 46,8% no período de um ano, publicou O Liberal. Segundo a Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), foram apreendidos 96 jovens por tráfico de drogas em 2009, enquanto que em 2010 o total subiu para 141. Outro exemplo: o número de adolescentes apreendidos na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) de Franca praticamente dobrou. Em 2009, 128 jovens deram entrada na unidade local. Em 2010, o número subiu para 248 - crescimento de 93%.

A onda do crack
Por trás desse quadro atua principalmente o negócio em expansão das drogas. O Vale mostrou isso claramente em reportagem dramática sobre a invasão do crack no centro de S. José dos Campos. A praça mais movimentada da cidade, a Afonso Pena, se tornou ponto de prostituição e reunião de usuários de drogas. Comerciantes e transeuntes reclamam da sensação de insegurança e a mendicância por parte de viciados. Quadro semelhante é vivido pela maioria das cidades do interior paulista, especialmente as de porte médio, que têm crescimento demográfico acima da média devido à migração regional. São vitrines de consumo, serviços, empregos e estudo. E atraem também a criminalidade. É preciso agir localmente para evitar a degradação de certos pontos urbanos. Do contrário, nossas cidades agravarão o paradoxo de duas tendências que parecem crescer juntas: a riqueza do crescimento econômico e a miséria da degradação psíquica.

Reféns do medo
Com esse título, o Comércio da Franca publicou reportagem de capa para chamar a atenção sobre os comerciantes que estão assustados com a onda de roubos e a ousadia de bandidos que já não se importam em agir durante o dia nem se incomodam de ter suas imagens gravadas por câmeras de segurança. Donos de padarias, varejões, mercearias e mercados se dizem reféns da violência. Para tentar diminuir a insegurança, têm fechado as portas mais cedo.

Sob a opressão do tráfico
O Diário da Região, de Rio Preto, denunciou que 36,4 mil moradores de seis bairros vivem oprimidos pelo narcotráfico. Embora possuam apenas 9% da população rio-pretense, juntas essas localidades concentram metade das 327 bocas de fumo mapeadas pela polícia na cidade. Para escapar dos policiais e evitar o avanço de concorrentes, os traficantes impõem regras rígidas aos habitantes do Solo Sagrado, Santo Antonio, Jardim Renascer, Vila União e Jardim Paraíso: toques de recolher, lei do silêncio e até ameaças armadas.

Defesa Civil
Bauru já sabe como dar o alerta em casos de emergência da defesa civil. Comissão formada por órgãos municipais, estaduais e entidades definiu que a partir de alertas do Instituto de Pesquisas Meteorológicas, o Centro de Operações da Polícia Militar será o órgão responsável por acionar os demais da cidade em situações de riscos de alagamentos, vendavais e descargas elétricas, segundo o Jornal da Cidade. Não existe regra. Cada comunidade deve encontrar a sua forma de prevenção. A vantagem de Bauru não é ter escolhido a PM para soar o alarme. É ter tomado uma decisão. Muitas cidades estão ainda discutindo o que vão fazer. E a água não espera.

Cães e gatos
Jundiaí prepara, para os próximos meses, a criação de uma Coordenadoria do Bem-Estar Animal. A informação é do Jornal de Jundiaí. O vereador e coordenador da ONG Bicho Legal, Leandro Palmarini, informou que o novo órgão vai cuidar de políticas públicas como castração, identificação de animais e fazer trabalho de conscientização em escolas com cartilhas educativas. O projeto deve estar em funcionamento até o fim do semestre.
Não é uma medida excêntrica, mas expressa uma tendência de proteção e reconhecimento dos direitos dos animais. É a conscientização da sociedade que obriga o poder público a dar atenção ao tema. Jundiaí saiu à frente em relação à eliminação das sacolinhas de supermercado. Pode servir de exemplo também em relação ao respeito aos animais.




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