Resolução da executiva estadual do PSDB possibilita a inscrição do professor Ronaldo Ferreira dos Santos, o Lalau, nas prévias do tucanato de Mauá, marcadas para o dia 31. O parágrafo 1º do artigo 2º da regulamentação de prévias tucanas pelo Estado assegura que o candidato interno precisa de indicação da comissão executiva municipal ou apoio de, no mínimo, 10% dos filiados - no caso de Mauá, 185 nomes.

Lalau garante que recebeu aval de quatro dos sete integrantes da executiva de Mauá. Em documento protocolado no dia 9 no diretório do PSDB, o professor conta com assinaturas de Wagner Tomé, secretário-geral do partido; Mercedes Polisel, tesoureira da legenda; Valéria Machado e Pedro Alves Silva, primeira e segundo vogais, respectivamente; e Gisele Silveira, primeira suplente nos quadros diretivos.

Candidato a vereador em 2008 pelo PSDC - angariou 515 votos -, Lalau diz que espera postura democrática do presidente do PSDB local, Márcio Canuto. "Será um absurdo se ele retirar minha candidatura. Todos os anseios particulares ele precisa guardar para ele e agir como dirigente partidário, conduzindo o processo conforme determina o estatuto e a resolução estadual."

Canuto defende unidade partidária. Ele agiu diretamente para que o vereador Edimar da Reciclagem (PSDB) e o presidente de honra do Instituto Henfil, Mateus Prado (PSDB, apostassem em candidatura única, sem necessidade de realização de prévias. Na semana passada, a legenda definiu que Edimar seria cabeça da chapa com Mateus complementando o projeto como vice.

O presidente tucano afiança que a documentação apresentada por Lalau não é suficiente para a realização de eleição interna. Segundo Canuto, as assinaturas de representantes do diretório municipal só seriam validadas caso houvesse reunião oficial da executiva de Mauá, fato que, de acordo com ele, não ocorreu.

"Ele (Lalau) foi à casa das pessoas, fez um abaixo-assinado dizendo que tinha apoio do Edimar e meu. Isso não tem validade partidária", comenta Canuto, que manteve o encontro para amanhã para definição da chapa tucana à Prefeitura de Mauá. Nesta reunião, os comandantes da sigla na cidade reforçarão a necessidade de unidade como forma de fortalecimento da candidatura à sucessão de Oswaldo Dias (PT).

Irredutível, Lalau avalia que acordo para retirar sua pré-candidatura é "difícil de acontecer". "Estou sempre aberto ao diálogo e não vou fechar as portas para qualquer tipo de conversa. Mas, particularmente, acredito ser bastante difícil de acontecer reversão no processo de prévias."