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Nilson Bonome
rebate Dinah Zekcer
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
23/02/2011 | 07:30
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Quando a poeira parecia baixar sobre eventual crise interna no governo Aidan Ravin (PTB), após as declarações feitas pela vice-prefeita, secretaria de Governo e presidente municipal do PTB, Dinah Zekcer, na quarta-feira, eis que começa a ser escrito novo capítulo.

"Credibilidade não se compra, se conquista e eu estou conquistando a minha ao trabalhar bastante por Santo André", disparou o supersecretário que responde pelas Pastas de Saúde e Gabinete, Nilson Bonome (PMDB) referindo-se ao anúncio publi,cado pela vice-prefeita no Diário no domingo, no qual a foto de Dinah é acompanhada da palavra credibilidade.

Primeiramente, o peemedebista havia sido ponderado acerca das supostas faíscas internas. Mas agora não poupou críticas às declarações de Dinah e reiterou o desejo de o PMDB galgar o posto de vice na chapa de reeleição de Aidan - há possibilidade também de lançar candidatura própria. A petebista negou que a publicidade tenha sido recado ao prefeito por conta dos recentes comentários de que ela poderia ser preterida do posto de número dois do Paço. "Não entendi o anúncio. Mas respeito a posição dela", emendou Bonome.

Para ele, prova de que está sendo reconhecido por sua credibilidade foi ter recebido o título de cidadão andreense e a recente filiação ao PMDB, que contou inclusive com o principal líder da legenda, o vice-presidente da República, Michel Temer.

Outra declaração de Dinah que incomodou o secretário foi a que questiona a dupla função do peemedebista na administração municipal. Bonome respondeu com com vigor. "Ela mesma está se contradizendo, uma vez que é vice-prefeita e secretária de Governo", disparou. O vereador e marido de Dinah, Israel Zekcer (PTB), afirmou que a mulher se defendeu muito bem com relação "aos vários ataques que sofreu" nos últimos dias. Sobre Bonome, o classificou como "poeta". "Mas vice-prefeita não faz nada. O cargo de Dinah é secretária de Governo."

SERVIDORES

Os vereadores receberam ontem na Câmara os secretários de Administração, Milton Barreiro, de Orçamento e Planejamento, Arnaldo Augusto Pereira, além de Bonome, que explicam o teor do PCCV (Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos) para os 7.600 servidores da Prefeitura.

Embora a pauta reivindicada pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) fosse a revisão da proposta, a única definição do encontro foi a possibilidade da realização de segundo turno na eleição das três propostas apresentadas pelo governo. Isso acontecerá caso nenhuma atinja o índice de 50,1% da votação geral. A eleição ocorrerá nos dias 28 deste mes e 1º e 2 de março pelo site da Prefeitura. O funcionalismo foi dividido entre categorias: quadro geral, magistério e guarda civil, mas as propostas são bem parecidas para todos. O foco é a substituição do reajuste por biênio aos servidores por anuênios, que variam de acordo com a função, além de aumento para parte dos servidores mais bem avaliados por desempenho.

O líder de governo, Donizeti Pereira (PV), revelou que a gestão reconheceu que a discussão é técnica e difícil de ser assimilada pelos servidores. Pontuou que os critérios de avaliação serão definidos mais adiante. "O projeto virá para a Câmara e poderemos sugerir alterações." 

Semasa recebe repasse do PAC e diminui deficit nas contas 

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) começa a diminuir o deficit de R$ 26 milhões que tem causado polêmica nos últimos tempos. O vermelho nas contas fez até com que surgisse nos bastidores que o nome do superintendente, Ângelo Pavin, estaria sendo ‘fritado' pela administração.

Agora, o Semasa anunciou que recebeu em janeiro R$ 2,7 milhões de recursos atrasados provenientes de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Na próxima semana deverão ser depositados mais R$ 5,8 milhões na conta da autarquia. Somados, os valores representam R$ 8,5 milhões que deveriam ser pagos à empresa até dezembro.

Mesmo com o aporte, o PAC ainda precisa repassar ao Semasa R$ 14 milhões, valor esperado para os próximos meses. A autarquia pretende manter o volume de novos repasses dentro do programado pelo cronograma de obras. "Em relação ao PAC, para não parar as obras na cidade, o Semasa pagou as empresas executoras, mas não recebeu o repasse no tempo correto. Esperamos contar com esse dinheiro reposto o mais rápido possível", explicou Ângelo Pavin.

Está prevista para o fim de março a vinda da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, à Câmara para explicar os investimentos do PAC na cidade. Outra soma aguardada para ser recebida pelo Semasa é R$ 15 milhões do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), proveniente das obras nas margens do Rio Tamanduateí, realizadas em 2009.




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