O Secretário Nacional de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto, divulgou nota criticando a matéria de capa da Veja desta semana, denominada "A conexão Bancoop/mensalão". Para Vaccari, o objetivo da revista é utilizar o seu nome para atacar o PT e tentar influenciar o processo eleitoral deste ano.

A Veja já havia apontado o tesoureiro do PT como suspeito de estelionato, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso dos desvios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), investigado pelo promotor José Carlos Blat. Na edição desta semana, a revista classifica Vaccari de "personagem ainda oculto" do escândalo conhecido como mensalão e diz que ele recolhia "propina entre os interessados em fazer negócios com os fundos de pensão de empresas estatais no mercado financeiro" e que essa comissão iria para o PT.

Na matéria é destacado que apesar de João Vaccari não ter sido incluído entre os 40 réus que estão sendo julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no escândalo do mensalão, seu elo com o caso se dá por conta "de uma série de depoimentos prestados pelo corretor de câmbio Lúcio Bolonha Funaro". Em 2005, na iminência de ser réu neste processo, Funaro fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e denunciou nomes, valores e documentos, em troca de perdão judicial para seus delitos.