Durante assembleia realizada ontem, cerca de 200 trabalhadores da Liquigás decidiram que vão paralisar suas atividades por um ou dois dias. Decisão que ocorre mesmo antes da primeira rodada de negociação com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo, que está marcada para o dia 18. Até lá não se sabe quais dias serão escolhidos para a ação, de forma a não permitir à companhia programar remanejamentos.

O empresário que revende apenas bujões da marca em Diadema e São Bernardo há 21 anos, Celso Ruiz, afirma que o impacto de uma eventual paralisação será grande. "Geralmente em greve há compromisso com abastecimento industrial, mas a quantidade reservada exclusivamente para o consumidor nas residências se esgotaria em três dias, e aí haveria total desabastecimento. Em algumas regiões haveria problema já no dia seguinte", alerta o empresário, que vende em média 400 bujões Liquigás por dia nas duas cidades.

DESCASO - A categoria pede 8% de reajuste salarial e piso único para os funcionários. Também pedem Participação nos Lucros e Resultados, além de correção nos valores de auxílio-creche e auxílio-funeral.

Caso as negociações continuem emperradas após o dia 18, prometem decretar a paralisação por tempo indeterminado já a partir do dia 19 na região.

Procurado na manhã de ontem, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Distribuidoras de Gás, Valter Adalberto, se negou a conceder entrevista à equipe do Diário. Foi procurado durante todo o dia, sempre indisponível. Por meio de um funcionário do sindicato, no fim da tarde, se recusou a falar novamente sobre os impactos da paralisação dos funcionários da Liquigás.