O presidente americano, George W. Bush, tenta apagar os erros cometidos durante a passagem do Katrina, que minaram sua popularidade. Acusado pela maioria da opinião pública de ter reagido tarde e timidamente depois da devastação de Katrina, Bush se está atento ante a ameaça de Rita no litoral de Louisiana e do Texas (sul).

"Funcionários em todos os níveis estão se preparando para o pior", declarou o presidente. "Nossas Forças Armadas já mobilizaram as tropas. Temos recursos para ajudar os funcionários federais, estatais e locais e responder rápida e efetivamente às emergências", acrescentou.

Quando o Katrina atingiu as costas do estado da Louisiana, em 29 de agosto, o presidente não interrompeu suas férias. Esperou dois dias antes de sobrevoar as zonas afetadas e sua primeira visita em terra só aconteceu em 2 de setembro.

Desta vez, o presidente previu viajar ao Texas na sexta-feira, antes da chegada do furacão. Da mesma forma, nomeou o almirante Larry Hereth para organizar a ajuda nesse estado. "Temos o almirante Hereth no lugar. Ele é o almirante da Guarda Costeira. Colaborará no Texas com o almirante Thad Allen (responsável pela ajuda federal depois da passagem do Katrina em Louisiana)", destacou.

A desorganização da ajuda depois do Katrina provocou um verdadeiro caos em Nova Orleans. Mas a visita do presidente ao Texas permitirá "formar uma opinião de primeira mão sobre os preparativos em curso e mostrar o apoio às equipes de socorro", comentou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.

O presidente também prevê uma visita ao Colorado (oeste), ao quartel-general do Comando da América do Norte, que supervisiona a segurança do território norte-americano. "Isso dá a oportunidade ao presidente de vigiar de perto o fenômeno e ver por si mesmo como se organiza a ajuda federal e a coordenação com as autoridades locais durante a passagem do furacão", acrescentou McClellan.

Bush declarou estado de emergência nas zonas mais ameaçadas pelo furacão. "Rita é um evento de importância nacional e que merece toda a atenção do governo federal", destacou. Quando Katrina atingiu os Estados de Louisiana, Mississipi e Alabama, levou 24 horas para que o presidente declarasse estado de emergência.