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Servidores seguem sem salários no Hospital Puer
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
14/04/2010 | 07:00
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Caio Arruda/DGABC


Sem vale-transporte, salário e plano de saúde. Essa é a situação que os 320 funcionários do Hospital Puer, antiga maternidade Neomater, enfrentam neste início de abril. Todos os servidores receberam na sexta-feira apenas 50% do pagamento de fevereiro - que deveria ter sido depositado nas contas em 5 de março - e ainda aguardam os pagamentos pelos serviços prestados no mês passado.

"Falta um salário e meio e, na reunião na semana passada, disseram que não há previsão para regularização. Também fui avisada pelo convênio médico que não poderia passar por consulta porque houve cancelamento do contrato por falta de pagamento", conta uma servidora que, temendo retaliação, preferiu não se identificar.

Funcionários da administração também confirmam o clima tenso que se instaurou nos corredores do local. "Ninguém acredita mais nos prazos que nos passam, pois não estão respeitando nenhum deles", aponta outro servidor.

Apesar da situação, o Sindsaude ABC (Sindicato dos empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde) avisa que a direção do local conseguiu na 3ª vara cível de São Bernardo a recuperação judicial do hospital. Isso paralisou o andamento de todas as ações trabalhistas ingressadas contra a antiga administração no ano passado.

"O fato nos desestimulou um pouco. Estaremos de mãos atadas enquanto os funcionários não se aproximarem do sindicato para que, juntos, possamos tentar contornar essa situação", aponta o presidente Waldir Tadeu David.

Segundo o sindicalista, houve assembleias com os trabalhadores nos dias 18 e 19, mas poucos se interessaram em participar. "Eles têm medo. O hospital tem alegado que somos os responsáveis pelo atraso na recuperação do local. Precisamos do apoio dos funcionários, assim podemos conseguir alguma coisa", diz David.

CONGELAMENTO - Os problemas nas finanças do hospital foram deflagrados no começo de fevereiro, quando a diretoria do local alertou que as contas teria sido congeladas para cumprir pagamentos de ações trabalhistas. Desde então, os prazos foram cada vez mais desrespeitados chegando, neste mês, a somar dois pagamentos vencidos e sem prazo para regularização. Procurada ontem, a administração do Puer não se manifestou.




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