Conhecido pelo poder de articulação nos bastidores da política de Mauá, o vereador reeleito Chiquinho do Zaíra (PTdoB) articula candidatura oposicionista para a presidência do Legislativo.

Hoje o favorito é Admir Jacomussi (PRP), pai do prefeito eleito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB). Porém, Chiquinho tem conversado com forças dentro do bloco governista para obter votos necessários e desbancar Admir.

Nas contas do vereador há seis votos: além do dele, há os dos correligionários Osvanir Carlos Stella, o Ivan, e Adelto Cachorrão, além de Marcelo Oliveira (PT), Wilson Melão (PPS) e Ricardinho da Enfermagem (PTB). Essa foi a bancada eleita na coalizão que defendia a reeleição do prefeito Donisete Braga (PT).

O Diário apurou junto a parlamentares da futura base governista de Atila que Chiquinho sondou sobre apoio à sua candidatura. Além de propor vagas na mesa diretora, o vereador do PTdoB faz questão de exaltar sua amizade com Wagner Damo, conhecido empresário da cidade.

Dentro da cúpula governista há quem oriente Atila a buscar acordo com Chiquinho. Essa corrente lembra das dificuldades que o político imprimiu ao governo de Leonel Damo (PMDB, entre 2005 e 2008), que só viu pautas destravarem na Câmara quando conduziu o vereador ao secretariado.

Chiquinho também conseguiu criar barreiras no Legislativo a Donisete. Eleito na chapa derrotada de Irmão Ozelito (hoje SD, antes PTB) em 2012, Chiquinho montou bloco forte na Câmara.

Atila, entretanto, ainda não se mostra disposto a dialogar com Chiquinho. Pessoas próximas do prefeito eleito dizem que há ranço do passado entre Chiquinho e Admir Jacomussi.

O Diário não localizou Chiquinho para comentar as articulações pela oposição. Atila acredita ter a fidelidade de 17 parlamentares, entre os eleitos em sua coalizão e os que desembarcaram em sua campanha do segundo turno, entre eles os ex-aliados de Donisete Severino do MSTU (Pros), Cincinato Freire (PDT) e Gil Miranda (PRB).