Além da rejeiçao das majoritárias bancadas oposicionistas (35 dos 55 deputados), o governo petista enfrenta resistência dentro da reduzida bancada situacionista, como a de cinco deputados (quatro do PDT e um do PSB).
Um deles, Joao Luiz Vargas (PDT), afirma que as medidas propostas proporcionarao uma arrecadaçao de R$ 500 milhoes, e nao os R$ 211 milhoes apontados pelo Executivo.
Segundo o deputado, mais do que dar um pequeno aumento aos servidores, o Estado, na verdade, poderá se auto-financiar às custas da competitividade da economia gaúcha.
Para piorar a situaçao de Olívio, estudo realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administraçao da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) mostrou que os gaúchos deram a nota de 4,64 (entre zero a dez) para o governador, ao fim do seu primeiro ano de administraçao. Assim, ele caiu na preferência dos gaúchos, já que tinha obtido 5,64 em pesquisa anterior, após os primeiros 100 dias de seu governo.
Votaçao -A partir desta segunda, tem início a votaçao dos últimos, e mais importantes, projetos do pacote petista. Entre eles estao o aumento da alíquota do ICMS, entre 3% e 5%, para setores selecionados (comunicaçao, energia elétrica, gasolina, álcool, bebidas e cigarros). A aprovaçao é condiçao fundamental para o pagamento de um abono de R$ 70 para 171 mil dos 300 mil servidores gaúchos que ganham até R$ 1 mil.
O aumento dos impostos também é fundamental, segundo os governistas, para o estabelecimento do piso mínimo de R$ 300 para o funcionalismo. Caso o governo seja derrotado na votaçao do projeto de aumento de impostos, é praticamente certo que retirará os outros, como os do abono ao funcionalismo e do piso.
O governador Olívio Dutra e depois seu vice, Miguel Rossetto, que disse que a situaçao do estado é ``gravíssima', surpreenderam os deputados, ao advertirem sobre o corte nos investimentos do ano 2000 caso o pacote nao seja aprovado. Até entao, a previsao era de que os recursos do pacote serviriam para reajustar o funcionalismo.
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