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América Latina vai crescer 4,7% em 2006, segundo CAF
Da AFP
12/12/2006 | 17:27
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A América Latina crescerá 4,7% em 2006 graças a um ambiente internacional favorável pelo terceiro ano consecutivo, afirmou nesta terça-feira o presidente executivo da CAF (Corporação Andina de Fomento), Enrique García.

"Estima-se que a região crescerá 4,7% em 2006, com uma inflação de 5%, que responde - entre outros aspectos - a uma administração fiscal ordenada", disse García.

No entanto, apesar de a situação macroeconômica da América Latina ser positiva "persistem importantes deficiências em matéria de competitividade e no âmbito social", advertiu.

A baixa produtividade, a escassez de investimento e poupança, e a dependência da exportação de matérias-primas põem em risco as projeções, segundo a CAF.

"Não é um crescimento de boa qualidade, sustentável e com criação de empregos", criticou García.

A região tem vivido "um auge exportador, registra um superávit em sua balança de pagamentos e um folgado acúmulo de reservas internacionais", disse García.

Este programa otimista tem origem no "vigoroso crescimento da economia global, nos favoráveis termos de intercâmbios -especialmente para os países da América do Sul- e uma ampla liquidez internacional", explicou.

A quantia das operações aprovadas pela CAF em 17 países acionistas cresceu US$ 5,65 bilhões, em um balanço anual da região apresentado em entrevista à imprensa via satélite de Caracas com as capitais dos países que integram a CAF.

"A estabilidade econômica não foi afetada adversamente pelos ciclos eleitorais em 11 países", disse García, referindo-se às diversas eleições realizadas este ano na América Latina.

A CAF é uma instituição financeira multilateral e os países acionistas são Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, como fundadores. A chamada Série B de novos membros inclui: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Espanha, Jamaica, México, Panamá, Trinidad e Tobago e Uruguai.

Em 2006, 25% das aprovações se destinaram a este segundo grupo, entre os quais se destacam Argentina e Brasil com US$ 600 milhões cada um. O programa para Colômbia e Peru estabelece uma meta de US$ 4 bilhões em quatro anos a um ritmo de US$ 1 bilhão por ano em casa nação. Na Bolívia a aprovação foi de US$ 400 milhões em 2006 e, no Equador, de US$ 700 milhões no mesmo período.




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