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Capitania não aparece e
bombeiros viram fiscais

Na Billings, motos aquáticas têm fiscalização reforçada após
morte de menino de 9 anos que caiu de bote há duas semanas

Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
12/03/2012 | 08:12
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Duas semanas após a morte do menino Mitchel de Carvalho, 9 anos, que caiu de bote rebocado por moto aquática pilotada por seu pai, Antônio Edivam de Carvalho, o Corpo de Bombeiros intensificou a fiscalização na represa Billings. Desde o último fim de semana, todos os proprietários do veículo têm de apresentar documentação e habilitação para entrar na água. Caso não possuam, são orientados a não navegar no local.

"Não é função do Corpo de Bombeiros esse tipo de trabalho, mas notamos que dessa forma o número de jet skis diminuiu um pouco. As pessoas estão mais conscientes", afirma o soldado Claudemir Gomes de Melo, do 8º Grupamento de Bombeiros de São Bernardo. A Capitania dos Portos, responsável pela fiscalização, não foi encontrada na represa.

Segundo o marinheiro Claudio Spaggai Ostheimer, 42, que aluga motos aquáticas e lanchas para passeios, falta mais rigor para impedir o aluguel ilegal de veículos náuticos na Prainha. "Sempre vemos pessoas encostar jet skis na orla para alugar. Muitas vezes eles estão bebendo cerveja e levam crianças para dar uma volta. Já denunciei para a Capitania e para a Prefeitura de São Bernardo, mas nada é feito."

Ostheimer, que é o único no local que possui licença para exercer a atividade, também cobra raias de segurança para entrada e saída de lanchas e jet skis. "O limite de velocidade permitido nesses casos é de até 5 nós. Muitos não respeitam", garante.

Enquanto isso, os frequentadores mantêm as crianças longe da passagem das motos aquáticas. "Fiquei com medo quando soube da morte do garoto e evitei a represa nos últimos dias. Mas meus filhos insistiram para vir. Mesmo assim, fico de olho o tempo todo", relata a dona de casa Zuleide Albuquerque Bueno, 41.




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