Analistas haviam considerado a ratificaçao como certa, porque três credores controlados pelo governo - Hanvit, Korean Development e Seoul Guarantee Insurance Co, que detêm mais de 75% do direito de voto - já haviam declarado apoio ao negócio. A Hanvit confirmou a aprovaçao do negócio de US$ 562 milhoes, que dará à Renault participaçao de 70% na Samsung Motors.

Pelo acordo, o Samsung Group ficará com 20% de participaçao na companhia automobilística, ao passo que os credores converterao parte de seus empréstimos, US$ 40 milhoes, em açoes com as quais terao participaçao de 10%. Segundo os entendimentos a Renault pagará US$ 100 milhoes em dinheiro, ao passo que US$ 422 milhoes serao absorvidos pela companhia francesa sob a forma de dívidas, ou reembolsados sob a forma de rendimentos, ao longo de dez anos.

O negócio torna a Renault a primeira fabricante e negociadora estrangeira de carros na Coréia do Sul, um dos maiores e menos acessíveis mercados da Asia. Até agora o mercado sul-coreano é controlado por três companhias automobilísticas nacionais: Hyundai, Kia e Daewoo. Dos quase 1,3 milhao de carros vendidos na Coréia do Sul em 1999, 2.401 eram de fabricaçao estrangeira.

No ano passado, a Hyundai Motor Co. assumiu o controle de sua concorrente mais próxima, a Kia Motor Co., o que lhe deu 75% de participaçao no mercado sul-coreano. A terceira fabricante nacional, a Daewoo, vive sérias dificuldades financeiras e está à venda.

Cinco compradores em potencial - General Motors Corp., Ford Motor Co., DaimlerChrysler AG, Fiat SpA e Hyundai Motor Co. - participam de concorrência internacional para ficar com a Daewoo. A melhor proposta será escolhida em setembro. A Samsung, com capacidade para produzir 240 mil carros por ano, tem um vínculo técnico com a Nissan Motors Co. do Japao, cuja acionista controladora é a Renault.