Os dois dirigentes devem se reunir na quinta-feira e no domingo, respectivamente, com Clinton, cujo mandato termina no dia 20 de janeiro.

Nos territórios palestinos, a violência diminui de intensidade apesar de alguns incidentes terem sido registrados. Pelo menos um palestino foi ferido e se encontra em estado grave. Ele foi atingido por uma bala na noite de segunda-feira, num local próximo ao acampamento de refugiados de Fawwar, em Hebron, na Cisjordânia.

Por outro lado, uma patrulha israelense foi alvo na manha desta terça-feira de rajadas de armas automáticas nas proximidades de Kalkiliya, ao Norte da Cisjordânia, segundo uma fonte militar.

Algumas horas antes, uma embarcaçao de pesca palestina explodiu próximo de uma lancha da marinha israelense do tipo Dabus, sem deixar feridos na costa da Faixa de Gaza, perto da fronteira egípcia.

Na Cisjordânia, blindados israelenses dispararam obuses contra Jericó e Jenin na noite desta segunda-feira. Também aconteceram tiroteios com armas automáticas em Dura, próximo das colônias de Beit Hagai, Kadim, Ganim e Psagot.

Um motorista israelense foi alvo de tiros próximo de Ramalá e um coquetel molotov foi lançado contra um casa judia no bairro árabe de Ras el Amud, na Jerusalém Oriental (anexada).

Na Faixa de Gaza, a colônia de Newe Dekalim foi atacada e o exército israelense disparou dois mísseis do tipo LAW contra Rafá.

Ao mesmo tempo, multiplicaram-se os gestos de apaziguamento. Israel autorizou a reabertura nesta terça-feira do aeroporto internacional de Gaza, fechado desde o final de outubro, declarou o chefe da aviaçao palestina, Fayez Zeydan.

Além disso, o chefe de Shin Beth, serviço interior israelense de Segurança, Avi Dichter, encontrou-se na semana passada no Cairo com os chefes da Segurança Preventiva palestina na Faixa de Gaza, Mohamed Dahlan, e na Cisjordânia, Jibril Rajub.

O encontro foi o primeiro deste tipo desde o início da revolta palestina, dia 28 de setembro, durante a qual já morreram 182 pessoas, a grande maioria árabes, e milhares ficaram feridas.

Arafat firmou na quinta-feira passada um acordo com o ministro israelense da Cooperaçao Regional, Shimon Peres, para colocar fim à violência. Este confirma as metas estabelecidas no dia 17 de outubro na cúpula de Sharm el-Sheikh.