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Na final da Série C contra o Boa, Guarani vai atrás de uma façanha inédita
29/10/2016 | 07:30
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Foram duas viradas históricas que garantiram o acesso à Série B e o passaporte para a decisão da Série C do Campeonato Brasileiro. Após passar pelo ASA nas quartas de final e pelo ABC nas semifinais, o Guarani decide o título contra o Boa. O primeiro jogo será neste sábado, às 19h15, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP). A partida de volta, no próximo sábado, está marcada para Varginha (MG).

Caso seja campeão, o Guarani quebrará outra marca ao se tornar o primeiro time a vencer as três principais séries do Nacional. O título da elite veio em 1978, com elenco recheado de craques como Zenon e Careca, diante do Palmeiras. A segunda divisão foi conquistada em 1981, quando era denominada Taça de Prata, em jogo contra o Anapolina-GO.

A ascensão pode ser o impulso inicial no sonho do Guarani de voltar a ser protagonista no futebol brasileiro. O clube, que tem folha mensal de R$ 380 mil, contará com mais recursos para a próxima temporada - já garantiu o acesso. Se neste ano não houve cota por parte da CBF - responsável pelas passagens aéreas para deslocamentos superiores a 700 km, além da hospedagem no dia dos jogos -, a situação será diferente em 2017. Na Série B, os campineiros terão direito a receber de R$ 8 milhões a R$ 11 milhões, repassados pela televisão. O passo seguinte é voltar à elite estadual.

O Guarani chegou à final de maneira quase épica. Nas quartas de final, esteve ameaçado ao perder do ASA por 3 a 1, em Arapiraca (AL). Na volta, fez 4 a 0 no Brinco de Ouro e seguiu em frente. Na sequência, mais emoção. Repetindo o roteiro, perdeu longe de casa por 4 a 0 para o ABC. A missão parecia impossível, mas em Campinas fez algo jamais visto na história da competição: virar um marcador adverso de quatro gols. Goleou por 6 a 0.

A boa campanha se deve, em grande parte, ao desempenho obtido em casa. Está invicto em Campinas, com aproveitamento de 87,8% - são nove vitórias e dois empates. A torcida também tem feito a sua parte, empurrando o elenco, com média de 4.839 pessoas por jogo - considerada boa para a Série C.

A decisão deste sábado marcará a reabertura do tobogã do Brinco de Ouro, que ficou fechado durante três anos, passou por reformas e teve a liberação do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. A expectativa é de casa cheia - 18.770 ingressos foram colocados à venda e até esta sexta-feira mais de 10 mil já haviam sido comercializados.

BOA - Diante da tradição, o Boa entra em campo como coadjuvante, pelo menos, na festa alviverde. É um clube-empresa, que tem pouca identificação e torcida na cidade de Varginha, no sul de Minas Gerais. Fez uma boa campanha, mas está com salários e prêmios atrasados pelo acesso à Série B.

"Nós sabemos da tradição e da força do Guarani, mas também sonhamos com o título e vamos brigar para isso" disse o técnico Ney da Matta. Ele deve manter a mesma base do time que venceu o Juventude, duas vezes, nas semifinais.




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