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Ainda faltam motivos para sorrir
Do Diário do Grande ABC
25/10/2016 | 10:58
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O Dia Nacional da Saúde Bucal e também Dia do Dentista, comemorados hoje, leva-nos a avaliar a quantas anda o cuidado bucal dos brasileiros. Deixamos de ser País de desdentados, de acordo com a conclusão da última Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, realizada pelo Ministério da Saúde em 2010. O estudo, que coletou dados nas cinco regiões do País, revela grandes evoluções em relação à consulta anterior, promovida em 2003, que trazia dados vexatórios, como a conclusão de que 90% das pessoas com idades entre 15 e 19 anos possuíam pelo menos um dente com cárie.

Os números eram alarmantes no início da década anterior e fizeram com que medidas simples, porém eficazes, fossem tomadas pelo poder público. O aumento das equipes de saúde odontológica em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) – os chamados postos de Saúde – e a adição de flúor na água, principalmente das cidades carentes da região Nordeste, colaboraram para que ocorresse a redução na incidência de males ligados à boca dos brasileiros. O conjunto de medidas implantadas foi reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que declarou o Brasil como País livre da cárie. Sem dúvidas, feito que merece ser comemorado. Entretanto, ainda há muito para se fazer.

O ditado popular que diz que a saúde começa pela boca é extremamente sábio. Temos de ensinar às nossas crianças o quão importante é o cuidado com os dentes. E que hábitos simples, como a escovação, podem ser decisivos para prevenção de outros males. Dentistas são profissionais que têm como principal vocação contribuir para a melhora da qualidade de vida do ser humano. Independentemente da área de especialização de cada um, trabalhamos cotidianamente para isso. Assim, temos de enaltecer as medidas tomadas no sentido de minimizar os problemas bucais, mas com ressalvas.

Aos olhos da OMS, estamos livres das cáries. Mas sabemos que ainda falta muita coisa para que possamos, efetivamente, comemorar o nosso dia e também o Dia da Saúde Bucal. Vivemos em País de dimensões continentais, com realidades extremamente diferentes e, em algumas delas, o preço de simples escova de dente torna proibitivo o seu uso.

Ações pontuais e emergenciais ainda precisam ser implementadas para facilitar o acesso aos consultórios odontológicos. A conscientização da importância da saúde bucal para o crescimento saudável das pessoas é fundamental para que possamos, como se diz no popular, sorrir ‘de orelha a orelha’ e ‘mostrando todos os dentes’.

Parabéns a todos os dentistas!

Leandro Pires é dentista, formado pela Ulbra-RS, pós-graduando em implantodontia e coordenador regional da Turma do Bem no Rio Grande do Sul.

Palavra do leitor

Cinquentenário

 A cada edição, o jornalista Ademir Medici, por meio de seus valiosos e enriquecedores textos, convida-nos a viajar pelo tempo (Setecidades, Memória). Dia 19, quando retratou a trajetória do cinquentenário do Singular, a viagem teve sabor diferente. Ele conseguiu dar toque especial à nossa história e nos fez relembrar que cada momento desses 50 anos valeu a pena. Em nome de toda família singulariana, nosso muito obrigado.

Paolo Gambogi e Paulo Roberto De Francisco – Singular

Patrimônios

 Fica aqui minha pergunta para o próximo prefeito de Santo André: quando teremos novamente o Cine-Teatro Carlos Gomes; o Estádio Bruno José Daniel; o Parque do Pedroso, com seu teleférico; e a Vila de Paranapiacaba como cartões-postais de nossa cidade e funcionando como se deve? Não esquecendo do Hospital da Vila Luzita e a volta das categorias de base dos esportes que sempre tivemos e fizeram de Santo André a capital do esporte amador. Basta querer.

Fernando Cesar Toribio

 Santo André

Comovente

 Aquele ex-ministro, chamado por seu chefe – o inominável ex-presidente – de ‘capitão do time’, e hoje condenado a mais de 20 anos de prisão, tentou comover o juiz Sérgio Moro apelando para ser colocado em liberdade, ao afirmar que sua família passa por dificuldade financeira e que precisa ‘trabalhar’ para sustentar a filha de 6 anos. Como assim? A mãe da criança não trabalha? A família do presidiário não recebe auxílio-reclusão? Para cuidar da saúde não existe o SUS beirando a perfeição? Quanto à educação, não existem a escola e o transporte públicos? Será que advogados pagos regiamente não poderiam ser substituídos por defensor público, de forma a sobrar ‘$$$$’ para a família? Seria comovente, não fosse a folha corrida do indivíduo!

Aparecida Dileide Gaziolla

 São Caetano

Não entendi 

 Não entendi reportagem na internet (Folha/UOL, ontem) sobre o custo de um aposentado do setor público e outro do setor privado, ambos com 60 anos de idade e com expectativa de vida de 80 anos, ou seja, recebendo benefícios por 20 anos. Segundo a reportagem, com base nos cálculos da consultoria de orçamento da Câmara dos Deputados, o aposentado do setor público tem renda média mensal de R$ 5.108 e custará R$ 3,3 milhões aos cofres do governo. O do setor privado, média mensal de R$ 1.356, custará R$ 1,1 milhão. Ora, esses números não batem. Considerando-se os valores médios mensais acima e 13 salários anuais (incluído o 13º), teríamos custo de R$ 1.328.080 para aposentado do setor público e R$ 352.560 para o aposentado do setor privado por período de 20 anos. Isso corresponde aproximadamente a 1/3 dos valores apresentados acima. Será que é dessa mesma maneira que estão calculando o deficit da Previdência? Se for, podemos acreditar que a matemática não é ciência exata, que existe mula sem cabeça, chupa-cabra, Papai Noel etc. Juro que não entendi as contas dessa consultoria. Alguém pode explicar?

Mauri Fontes

Santo André

Justiça

 Nunca fui contra a prática da justiça, não procedo assim. Quero justiça, sou humano e reconheço que também estou sujeito a erros. Da mesma maneira que exijo que os outros cumpram as leis, aceito resignadamente a exigência desse mesmo cumprimento. Não me excluo. Mas pergunto aos senhores ministros do STF (Supremo Tribunal Federal): por que não fazem os integrantes dos três poderes cumprirem as leis, processando rapidamente as denúncias recebidas e não deixando-as dependuradas há mais de dez anos no cabide da impunidade, conforme constam alguns integrantes do Legislativo? O senador Renan Calheiros é exemplo da não prática da justiça! Os bons brasileiros querem Justiça, e não a impunidade! 

Benone Augusto de Paiva

 Capital

Hão de pagar 

 A quadrilha que assaltou a Petrobras – e nem é preciso dar nomes, pois grande parte está presa e/ou indiciada – fica revoltada e culpa o juiz Sérgio Moro. Ocorre que Moro é ágil e competente. O que eles esperavam de fato era Justiça lenta, leniente e compreensiva com os criminosos poderosos. Isso vem de prática do STF, que vem sentando sobre diversos processos até que prescrevam. Felizmente a nova safra de procuradores não se coaduna com os malfeitos desses canalhas que jogaram o País no buraco, deixando milhões de desempregados. Triste é ver a cara de pau dos defensores dos criminosos, tentando desconstruir a narrativa dos procuradores que detêm os documentos e provas. Pode demorar, mas ainda veremos essa gente pagando por seus crimes. 

Izabel Avallone

 Capital




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