Mauá pode abrigar um dos maiores depósitos de lixo da América Latina. O pedido de ampliação do aterro Lara, localizado no bairro Sertãozinho, tramita na Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Se a primeira etapa do projeto for aprovada, a cidade receberá cerca de 7 mil toneladas de resíduos sólidos por dia.
Hoje, o terreno de 470 mil m² recebe o lixo de todas as cidades da região – exceto Santo André –, além de Praia Grande e São Vicente. São quase 2 mil toneladas de resíduos por dia, despejadas numa área aproximada de 370 mil m², trecho licenciado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental).
A empresa Lara, proprietária do aterro, afirma que já conseguiu junto ao Estado e à Prefeitura de Mauá a permissão para operar numa gleba vizinha, de 1 milhão de m².
O Lara se igualaria, em termos de área e armazenamento, ao aterro considerado atualmente o maior do País: o Aterro Bandeirantes, na Capital.
“E ainda vamos dar entrada no processo de licenciamento de outros 450 mil m², um terreno que também fica ao lado do nosso aterro. Seria a segunda etapa da expansão”, diz o proprietário da Lara, Wagner Damo.
Concedida a permissão para o uso dos dois novos locais, Mauá terá uma área contínua de 2 km² destinada ao armazenamento de resíduos domésticos. O bolsão do lixo se aproximaria ainda mais da represa Billings – o Lara está a 2,4 km distantes do reservatório.
O depósito do Sertãozinho, segundo o site de uma das empresas do grupo, a Lara Energia, atingiria em 2010 a capacidade máxima de estocamento, de 10 milhões de toneladas de lixo. O empresário Wagner Damo, no entanto, diz que o aterro tem vida útil de mais 10 anos. A destinação de resíduos sólidos é um dos maiores problemas enfrentados pelas regiões metropolitanas. No Grande ABC, além do Lara, está em operação o Aterro Cidade São Jorge, que atende apenas Santo André e pertence ao município. As outras cidades têm de recorrer ao terreno de Mauá – e pagam caro por isso.
Prefeitura e Cetesb confirmam que o processo de ampliação do Lara está em andamento, mas não dão detalhes. Wagner Damo, sobrinho do prefeito de Mauá, Leonel Damo (PV), dá como certo o licenciamento. “Em três anos o projeto será implementado.”
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