Ana María Urban e Ramiro Flores foram de Chicago a Madri para visitar a exposição de pinturas de seu filho, aberta ao público desde o dia 23 de agosto no Instituto do México em Madri. De lá irão para outras cidades espanholas, em uma viagem com a qual pretendem chamar a atenção para o caso de seu filho, acusado de assassinato e condenado a morte por injeção letal.

Os pais de Flores, 37 anos, temem a chegada do mês de janeiro por causa das eleições no Estado de Illinois, onde ele está preso, e todos os candidatos que se apresentaram são a favor da pena de morte. E pelo visto nenhum deles prolongará a suspensão de execuções ditadas pelo atual governador, George Ryan.

Mario foi preso em uma cela de segurança máxima de Illinois com 18 anos, depois que um amigo seu, que se envolveu em um acidente com seu carro na noite do Ano Novo de 1984, apareceu morto.

Ramiro Flores está convencido de que seu filho não passou por um julgamento justo e acredita que foi condenado à morte em 1985 "pela irresponsabilidade e incompetência" do primeiro advogado de defesa, que "estava defendendo meu filho e, ao mesmo tempo, aqueles que o acusavam".

Os pais chegaram a contratar, com a ajuda do Consulado mexicano em Chicago, um detetive que, recentemente, teria descoberto uma evidência de sua inocência – explicaram -, mas não puderam continuar pagando-o porque "para trabalhar meio dia nos cobrava US$12 mil".