"Seus planos de ataque contra Iraque visam a posse das riquezas do Iraque, seu petróleo", declarou Aziz durante uma coletiva de imprensa em Bagdá, onde rebateu as acusações lançadas na quinta-feira na Organização das Nações Unidas (ONU) contra o regime iraquiano pelo presidente norte-americano George W. Bush.
"Também querem mudar o mapa da região começando pelo Iraque para proteger Israel e permitir que (o primeiro-ministro israelense) Ariel Sharon expulse os palestinos da Jordânia, dividir a Arábia Saudita e controlar seu petróleo", acrescentou.
Segundo o dirigente iraquiano, "Washington e Londres preparam novos acordos Sykes-Picot para a região e fazem com que os árabes acreditem que (a crise atual) se refere a uma questão vinculada aos inspetores e as armas de destruição em massa".
Aziz desmentiu por outro lado que o Iraque possui ou esteja desenvolvendo armas de destruição em massa como acusa Bush, além de reafirmar a disposição de seu país em aceitar um mecanismo de inspeção que "preserve a soberania do Iraque e seus direitos legítimos", principalmente o fim do embargo vigente desde 1990.
"O alvo de Bush e sua administração não são as armas de destruição, mas o que ele e o primeiro-ministro britânico Tony Blair querem é agredir o Iraque alegando qualquer pretexto", acrescentou.
Segundo Aziz, a mensagem que Bush e Blair querem transmitir para o Iraque é: "Você está condenado, independente do que fizer".
"Nos preparamos para o pior, para resistir a agressão e para nos proteger e proteger nosso povo", declarou.
Na quinta-feira passada, em seu pronunciamento na Assembléia Geral das Nações Unidas, Bush pediu ao Conselho de Segurança que obrigue o Iraque a se submeter as suas exigências, dando a entender que os Estados Unidos estão dispostos a atuar militarmente no caso de uma resposta negativa iraquiana.
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