Política Titulo Ribeirão Pires
Saulo paralisa obras do teleférico
Vitória Rocha
Especial para o Diário
19/10/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) decretou ontem, oficialmente, a paralisação das obras do teleférico Cidade Encantada. A medida foi comunicada por meio de publicação no Diário Oficial do Município e deve se manter até o fim do mandato do peemedebista. Mesmo assim, de acordo com a administração, o contrato foi estendido, agora com prazo até o ano que vem.

A Prefeitura alegou falta de repasses do governo federal como motivo da decisão e afirmou que os serviços serão retomados assim que a verba for recebida. Apesar de a obra ter sido embargada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), por falta de liberação ambiental, o governo negou que haja irregularidades e informou também que a construção está liberada nas estações Parque Milton Marinho de Moraes, Mirante Santo Antônio e Complexo Ayrton Senna.

A obra está avaliada em R$ 25 milhões, sendo R$ 11 milhões do Ministério do Turismo e o restante do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), do governo do Estado. Deveria ter sido entregue em 14 de setembro, mas caminha em ritmo moroso.

No mês passado, a equipe do Diário visitou dois dos três locais onde era executado o teleférico e constatou que as obras estão paradas. No Parque Milton Marinho de Moraes, por exemplo, atualmente apenas pilastras de sustentação foram colocadas no local, enquanto no Complexo Ayrton Senna foi encontrada série de entulho e não havia trabalhadores no canteiro.

Eleito no dia 2 para governar Ribeirão pelos próximos quatro anos, Adler Kiko Teixeira (PSB) já se posicionou enfaticamente contra a construção do teleférico. O socialista chegou a afirmar que não irá dar continuidade à obra e que usará os recursos do Dade e do governo federal para outros projetos culturais.

De acordo com o Ministério do Turismo, o convênio celebrado em 2013 com a Prefeitura prevê o repasse de R$ 9,75 milhões para a construção do teleférico e é vigente até 1º de janeiro de 2017. A gestão federal apontou também que o repasse não foi continuado porque as obras, de responsabilidade da Prefeitura, não andam.

“Atendendo a uma recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União), os pagamentos são realizados proporcionalmente ao nível de execução do projeto. Até o momento, o Ministério (do Turismo) repassou o valor proporcional às medições feitas, estando em dia com os repasses com o referido contrato”, informou a Pasta, por meio de nota. O governo federal hoje é administrado pelo peemedebista Michel Temer, correligionário de Saulo Benevides. 




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