'Com esta distinçao prestamos homenagem a uma artista excepcional cuja existência gerou em todo o mundo uma admiraçao que nao cessará nunca', disse o presidente do parlamento cubano, Ricardo Alarcón.

O jornal oficial Granma, por sua vez, considerou Alicia Alonso 'uma das figuras mais importantes da cultura cubana de todos os tempos'.

Na cerimônia, além de Fidel e Alarcón, estiveram presentes o ator e cantor americano Harry Belafonte e o cineasta cubano Alfredo Guevara.

Alicia Alonso, cuja idade permanece em absoluta discriçao, estreou como bailarina em Havana a 29 de outubro de 1931 e dançou pela última vez na cidade italiana de Faenza, a 28 de novembro de 1995, batendo um recorde mundial em longevidade na área da dança.

Em 1937 vai para os Estados Unidos a fim de iniciar sua vida profissional, no momento em que o balé atravessava uma fase crítica nesse país, onde prevaleciam as comédias musicais e os espetáculos de variedades.

Alicia participou desses gêneros até que em 1940 ingressou no Ballet Theatre of New York (atualmente American Ballet Theatre), no qual ficou 16 anos, começando como simples bailarina até se tornar sua máxima estrela.

Regressou a Cuba para fundar em 1948 a Academia de Balé, fechada em 1956 pela ditadura de Fulgencio Batista (1952-58).

Em 1959, com o governo de Fidel Castro, fundou o Balé Nacional de Cuba e cria as bases para o que várias décadas depois se tornaria a Escola Cubana de Balé.

'Acho que esta honra nao é para mim, é para todo o povo', disse Alicia Alonso ao receber a condecoraçao.