No primeiro semestre, segundo Stella, o volume de pedidos de empréstimo do Programa de Investimentos em Empresas Emergentes foi 100% superior ao do primeiro semestre de 1999, um período atípico em funçao da mudança cambial, que paralisou muitos projetos. Mesmo assim, disse a superindente, foi significativo: US$ 15,2 milhoes em quatro projetos, acima dos US$ 12,5 milhoes de todo o ano passado.

Criada em 1997, a carteira de empréstimos a empresas emergentes já desembolsou, até agora, US$ 63 milhoes em 18 projetos - sete da área de telecomunicaçoes.

Stella explicou que a carteira concede financiamento até o valor de R$ 7 milhoes apenas para aquelas empresas que abrem o capital e entregam ao banco debêntures conversíveis em açao, com prazo de resgate de cinco anos, correspondentes ao valor investido. A empresa tem preferência no resgate, caso contrário a BNDESpar oferta os papéis em bolsa.

A modalidade faz parte da estratégia do presidente do BNDES, Francisco Gros, de estimular o mercado de capitais no país. "Sao empresas que, hoje, despertam o interesse de grandes investidores pelo potencial que apresentam de realizaçoes futuras", afirmou Stella, que tem em maos a poderosa caneta com que sao dados os avais da BNDESpar para os investimentos.

Para Stella, o setor de bens de consumo é outro que tem se apresentado como emergente, sobretudo no caso de mercadorias que atendem à chamada geraçao single - homens e mulheres independentes que compram produtos elaborados ou, no máximo, pré-fabricados.