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Santo André será cenário do filme 'Fora dos Trilhos'
Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
17/02/2004 | 19:31
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Em fase de pré-produção do média-metragem Fora dos Trilhos, a diretora e roteirista Cristina Reis revela uma vocação adicional. Ela, que é formanda da ELCV (Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André), tem demonstrado um apurado tino para a economia, sobretudo no momento de fechar as contas deste filme, o segundo de sua carreira. O orçamento de Fora dos Trilhos, cujas filmagens iniciam-se em 13 de março, está fixado em R$ 22 mil – apenas R$ 3 mil mais caro que Conseqüência, curta-metragem de estréia de Cristina e cuja duração era cinco vezes menor que a do novo média e seus 50 minutos.

Os baixos custos, financiados em parte (R$ 5 mil) pelo Fundo de Assistência à Cultura de Santo André, têm explicação. “A gente não vai pagar nada pelas locações, por exemplo”, diz Cristina, que tenciona captar imagens em Paranapiacaba, em pistas de skate, lojas de discos, bares e borracharias de Santo André, e até em uma edição do Canja com Canja, evento musical organizado mensalmente no saguão do Teatro Municipal andreense.

Uma vez diante do enredo de Fora dos Trilhos, esse mosaico geográfico de locações tem seu porquê esclarecido. É a história de um adolescente que procura a reabilitação das drogas enquanto freqüenta tribos urbanas do Grande ABC, entre elas skatistas, góticos e roqueiros. Cristina frisa: “Nenhum personagem do filme aparece em cena se drogando. Afinal, é um filme sobre reabilitação”.

Inicialmente, Fora dos Trilhos seria um dos quatro episódios do longa O Trem, que a ELCV pretende concluir neste ano. “Eu não consegui finalizar meu roteiro dentro do prazo pedido pela escola. Na época, estava envolvida com a realização de Conseqüência e não tive quem negociasse produção, distribuição e essas coisas para o curta, então corri atrás de tudo. Não deu para terminar o texto a tempo e alguns colegas decidiram que meu filme não entraria [em O Trem].”

Ressentimentos? Cristina, vinda do Rio só para se formar como roteirista no curso andreense, responde que não, a um modo bem carioca. “Olha só! Adorei ter de criar o filme independentemente de O Trem, porque agora tenho mais liberdade com horários e locações”. A propósito, o título (Fora dos Trilhos) reflete a preterição que seu filme sofreu.

Caso o cronograma seja respeitado, Fora dos Trilhos estreará em Santo André em 22 de junho. A pré-produção, tocada por ela e mais oito alunos da ELCV, só não está redondinha em virtude de pormenores, como a falta de 60 atores para elenco de apoio e de uma banda que faça arranjos para a trilha sonora do filme. Interessados podem contatar Cristina até a próxima sexta-feira, pelo telefone 4436-6283 ou pelo e-mail: foradostrilhos@hotmail.com.




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