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Edgard Brandão critica falta de preparo no Paço
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
17/07/2011 | 07:11
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Andréa Iseki/DGABC


O ex-superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, regional Sudeste, Edgard Brandão Júnior (PSC), critica que a Prefeitura de Santo André, capitaneada por Aidan Ravin (PTB), peca por falta de qualificação no primeiro escalão do governo. Pré-candidato ao Paço em 2012, o engenheiro analisa que a indicação de nomes sem experiência e formação técnica para o secretariado tem comprometido a evolução da cidade.

Edgard Brandão - apesar do sobrenome não possui qualquer parentesco com o ex-prefeito andreense Newton Brandão, morto em 2010 - justifica que os 30 anos de vida pública como servidor em prefeituras como São Paulo, Poá, Cubatão e, inclusive, Santo André dão embasamento para julgar o atual quadro administrativo.

Para ele, o despreparo da equipe de Aidan limitam o progresso. "É ruim perceber que na Secretaria de Obras não tem engenheiro (Alberto Casalinho é administrador com pós-graduação em marketing). Na Saúde é a quarta troca sem ser médico (Nilson Bonome é empresário). Para o Semasa chamou médico (Ângelo Pavin). Isso é agressivo", disse Edgard. "Tem titular que não sabe nem fazer projeto para requerer recursos dos governos federal e estadual."

O engenheiro afirma que a desfiliação do PMDB depois de 20 anos de militância se deu por conta de decisões unilaterais dos vereadores Sargento Juliano e José de Araújo e que culminou com o ingresso de Bonome em fevereiro. "Um dia após derrota do Vanderlei Siraque (PT) em 2008, a bancada já estava com o Aidan. Mostrou ser pequeno. Já o Bonome foi a gota d'água, veio sem acrescentar nada à legenda."

A vinda de Bonome teve articulação do vice-presidente da República e dirigente nacional licenciado do PMDB, Michel Temer, que providenciou no início do ano processo de reestruturação do partido. O diretório andreense é um dos que passam por reorganização devido a ausência de representatividade estadual.

Segundo Edgard, hoje com 67 anos, composição seria impossível com o atual prefeito até mesmo em segundo turno. "Caso acontecesse aliança temos simpatia com PT, que teve méritos nos movimentos populares e Orçamento Participativo. Prefeitura que faz serviço de tapa-buraco, reparo em praça, reforma de escola, não faz mais que a obrigação. População percebe isso."

DIFICULDADE - Na toada eleitoral, Edgard sustenta que pretende comparar, se necessário, currículo técnico com os demais postulantes durante a corrida pelo voto. "Se tiver algum candidato com a mesma qualificação sou capaz de votar nesse adversário." Ele visualiza dificuldade no pleito, principalmente, em decorrência do eventual uso da máquina administrativa. "Brigaremos contra máquina de poder, além da pública e ingerência total na Câmara. Método que está ultrapassado."

Edgard, que ficou à frente da assessoria da Infraero de 2006 a 2009, enfrentou em 2008 crise desenfreada na estatal. O Tribunal de Contas da União indicou superfaturamento de contratos da ordem de R$ 3 bilhões em obras em nove aeroportos do País.




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