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Dieese prevê que 2010 será ano de maior aumento do salário
Da ABr
19/09/2010 | 07:40
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Os aumentos salariais obtidos pelos trabalhadores em 2010 deverão ser os maiores desde que o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) iniciou sua série histórica, em 1996. A afirmação é do coordenador de Relações Sindicais da entidade, José Silvestre Prado de Oliveira.

No primeiro semestre, segundo o Dieese, 97% das 290 negociações registradas conquistaram reajustes salariais iguais ou acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho foi melhor que nos anos de 2008 e 2009, quando o percentual de negociações com reajustes iguais ou superiores ao índice foi, respectivamente, 87% e 93%. A estimativa, agora, é que o resultado, para os trabalhadores, seja ainda melhor.

"Vide os acordos que ainda são feitos com montadoras, com ganhos reais que superam a inflação. Há uma expectativa de que, em 2010, não apenas no segundo semestre, mas, quando nós fecharmos o ano, teremos, muito provavelmente, o melhor ano da série."

Segundo o coordenador, o resultado pode ser explicado pela conjuntura econômica favorável, com baixa inflação, maior massa salarial, aumento do emprego e previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em torno de 7%.

"Além disso, você teve também, no segundo semestre do ano, a data-base de algumas categorias fortes, como bancários, petroleiros, metalúrgicos, químicos, que são categorias com poder de negociação e poder de barganha. Esses são, normalmente, os acordos tidos como referência pelas outras categorias."

Três das principais categorias de trabalhadores do País, bancários, metalúrgicos e petroleiros estão em pleno processo de negociação salarial. Até o momento, parte das propostas apresentadas representa ganhos reais aos trabalhadores.

A FUP (Federação Única dos Petroleiros), ligada a CUT (Central Única dos Trabalhadores), analisa a proposta da Petrobras, que representa ganho real de 3,6% a 4,7%, de acordo com a faixa salarial. Quatro dos seis grupos do ramo metalúrgico fecharam acordo com as fábricas de 9% de aumento salarial, mais do que o dobro da inflação do período, de 4,2%. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, este é o maior aumento real nos últimos dez anos. Já os bancários vão receber a proposta no dia 22.




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