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General que responde por torturas no Iraque tem acusação anulada
Da AFP
20/08/2007 | 15:20
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Uma das principais acusações contra o coronel Steven Jordan, o único oficial americano processado no escândalo da prisão de Abu Graib no Iraque, foi anulada por questões técnicas. O julgamento começou nesta segunda-feira em uma corte marcial em Fort Meade (Maryland, leste).

Jordan, 51 anos, ex-responsável pelo centro de interrogatórios de onde foram tiradas fotografias que mostravam prisioneiros humilhados e mal-tratados, era acusado de ter mentido para os investigadores ao afirmar que nunca tinha sido testemunha de torturas e também não tinha visto os prisioneiros nus.

Esta acusação se baseava em grande medida em duas declarações de 2004 do general George Fay, encarregado de uma das investigações do Pentágono.

Mas ao reler suas notas para preparar seu testemunho no julgamento, o general se deu conta de que tinha esquecido de lembrar ao coronel Jordan seu direito de ficar em silêncio, uma norma fundamental para que as declarações tenham validez diante de um tribunal americano.

Informada pelo general, a acusação solicitou nesta segunda-feira a anulação da acusação por falso testemunho.

O coronel Jordan ainda é acusado por outros quatro crimes e sua pena máxima chega a oito anos e meio de prisão, contra os 16 anos e meio possíveis antes da anulação da acusação.

Nesta segunda será selecionado o júri militar, que deverá estar integrado por entre cinco a 15 oficiais, todos de cargo superior ao do acusado.



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