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Jovem esclarece morte de manifestante em Gênova
Das Agências
31/07/2001 | 18:45
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Um jovem italiano contou nesta terça-feira como o manifestante Carlo Giulini, 23 anos, morreu durante a cúpula do G-8. Ele afirmou que o policial que atirou "perdeu a cabeça".

Em uma entrevista ao jornal Il Corriere della Sera, o jovem, amigo da primeira vítima do movimento antiglobalização, disse que "viu quando Carlo foi assassinado com um tiro no rosto".

"Eu também estava jogando pedras e outros objetos contra o jipe. Vi a pistola e ouvi o carabineiro gritar 'bastardos, vou matá-los, vou matá-los'", contou a testemunha, que não deu o nome e foi identificado por meio de fotos.

"Posso estar enganado, mas estou convencido de que o tipo que atirou não o fez por legítima defesa. Creio que não tinha medo, estava mais fora de si, perdeu a cabeça," assinalou a testemunha.

O jovem, que admitiu que se deixou levar pelo clima candente, assegurou que "estávamos muito tensos, furiosos, os contínuos ataques da polícia contra os manifestantes pacíficos desencadearam a fúria coletiva".

O governo italiano de Silvio Berlusconi, que defendeu o comportamento policial durante os confrontos, enviou três funcionários para investigar os fatos e acertou com a oposição criar uma missão de informação parlamentar para as denúncias.

A oposição de esquerda pediu a renúncia do ministro do interior, Claudio Scajola, depois das “brutalidades” cometidas pela polícia contra os manifestantes, muitos deles de vários países da Europa.




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