O prefeito eleito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), não terá dor de cabeça para garantir maioria na Câmara na próxima legislatura. Apesar de número expressivo de novos vereadores, o cenário, cinco dias depois da eleição, é de caminho livre para que o tucano garanta governabilidade.

Das 19 cadeiras no Legislativo, a coligação de Auricchio obteve apenas oito vagas. As 11 restantes foram abocanhadas por candidatos que pediram votos para o atual prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) e para o ex-prefeiturável do PR, Fabio Palacio.

O Diário apurou, porém, que parte desses nomes que estiveram em campos opostos a Auricchio já sinalizou dar sustentação ao tucano e formar maioria para o futuro prefeito na Câmara.

Mesmo que o pleito tenha sido acirrado, nem no próprio PMDB, de Pinheiro, há consenso de adotar oposição ferrenha ao próximo chefe do Executivo. A bancada peemedebista reelegeu Sidão da Padaria, Pio Mielo, além de ver registrada eleição de Suely Nogueira. Desses nomes, apenas Sidão seria o mais distante do tucano.

O desejo da direção do PR, que elegeu o ex-vereador Ubiratan Figueiredo e o debutante Cesar Oliva, é que a bancada seja crítica à futura gestão, mas o partido não fechará questão sobre posição pessoal dos republicanos. “O PR quer tomar decisão em conjunto, mas eles terão autonomia para decidir (se serão oposição ou governistas). O mandato é deles”, frisou Palacio.

O esvaziado campo da oposição não é novidade no Legislativo são-caetanense. Pesa ainda a favor de Auricchio o fato de já ter governado a cidade por dois mandatos (2005 a 2012).