Esportes Titulo
Família do médico sofre com repercussão do caso na imprensa
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
27/10/2005 | 08:45
Compartilhar notícia


"Sou o mais fraco da história, por isso jogaram para cima de mim. Mas se falarem que sou um assassino, não me atinge em nada". O médico Paulo Forte vive assim. Sabe, na verdade, que o que mais pode fazê-lo sofrer é o reflexo dentro de sua família. A mãe, no interior, vive com depressão, os filhos, embora nunca tenham sofrido nenhum tipo de preconceito, têm de conviver de perto com as acusações. E a esposa é quem tenta equilibrá-lo diante dos problemas. "Minha angústia agora é de como mostrar que não tive culpa. Mas tem de esperar a Justiça. Nunca, sinceramente, tive manifestações negativas", lembra, com os olhos marejados de emoção por acreditar que as pessoas confiam nele.

Mesmo sem saber, Paulo Forte tem nos filhos grandes aliados. Descobriu, por um professor, que o mais novo participou de uma brincadeira na escola e quis defendê-lo. "Tinha a fogueira da verdade e ele começou a falar sobre o caso. Eu achava que ele estava administrando o assunto, mas não", conta, como quem não entende o porquê de tudo isso.

Paulo Forte sabe que "existe um monte de interesse por trás" daqueles programas de TV que o acusaram desde o início. "E esses interesses se aliaram aos mais fortes. Mas não me atingem. Acredito que não seja nem na maldade, mas é a concorrência pela audiência das TVs", fala o médico.

Forte entende que jamais Serginho aceitaria continuar jogando se soubesse que poderia morrer. "Mas nunca", repete, com ênfase. "Tenho certeza disso, o filho dele era tudo. Olha, o São Caetano é uma mãe pra todo mundo e ele poderia estar trabalhando no clube até hoje se fosse o caso", acredita Paulo Forte, que descarta também as propostas do exterior que poderiam ter sido decisivas para sua permanência no esporte caso realmente estivesse doente. "Se ele tivesse 20 anos... Quando você manda um jogador para fora, sabe que os exames são rigorosos, e se ele realmente tivesse um problema sério, jamais seria aceito"

Agora, um ano longe do jogador, Paulo Forte prefere achar graça da saudade de Serginho, que o colocou nesta situação. "Ele deve estar de brincadeira, olha o pepino que ele me arrumou".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;