As linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para incentivar a exportação de bens e serviços das micros, pequenas e médias empresas devem crescer cerca de 10% este ano, atingindo US$ 7 bilhões. Nesta mesma linha, São Bernardo terá no próximo ano a Casa do Empreendedor, onde os empresários receberão instruções sobre como levar seus negócios a outros países.

Segundo Guilherme Pfesterer, gerente de comércio Exterior do BNDES, o Grande ABC tem muitas empresas fornecedoras que podem trabalhar no sistema de APL (Arranjo Produtivo Local), sistema no qual uma empresa recebe a liberação da verba, sendo responsável pelo repasse do capital às demais empresas envolvidas.

"Temos projetos ambiciosos para expandir a base de empresas exportadoras, com ênfase nas pequenas", diz Pfesterer. E o País, lembra ele, tem mais de 150 instituições financeiras autorizadas a conceder crédito.

O executivo afirma que após a eclosão da crise financeira o volume de desembolso do BNDES para financiar a exportação cresceu, pois os bancos privados relutavam em conceder empréstimos.

O prazo de financiamento varia de 12 meses a 12 anos, dependendo do valor agregado do bem ou serviço envolvido. São cinco linhas para financiar exportações pré-embarque (bens e serviços a serem exportados) e uma linha para pós-embarque (bens e serviços na fase de comercialização).

INCENTIVO - A Casa do Empreendedor de São Bernardo colocará à disposição do empresário estrutura com diversos serviços. O secretário do Desenvolvimento Econômico da cidade, Jefferson José da Conceição, pontuou que as empresas com potencialidade de exportação terão acesso aos programas de apoio dos Correios e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).