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Egípcios e sauditas se opõem a reformas no Oriente Médio
Da AFP
09/06/2004 | 16:08
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Os governos do Egito e Arábia Saudita se posicionaram contra a proposta de presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de promover reformas políticas, econômicas e sociais no Oriente Médio. Por este motivo, ele se recusaram a participar da cúpula do G-8 no estado americano da Georgia.

No Cairo, capital do Egito, fontes dos dois governos anunciaram que os dois países temem ser os primeiros da lista da Washington a sofrerem as reformas americanas. A Tunísia, que exerce atualmente a presidência da Liga Árabe, também seguiu a decisão saudita e egípcia. Os líderes da Argélia, Bahrein, Jordânia e Iêmen, porém, aceitaram o convite de Bush e foram aos Estados Unidos.

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, e o líder da coroa saudita, príncipe Abdullah bin Abdul Aziz, acreditam que o plano de Bush pode tornar o mundo árabe um local com interesses amplamente divergentes.

Os governos do Cairo e de Riad vêm mostrando que rejeitariam qualquer tentativa de impor uma "ordem estrangeira" na região. Entretanto, afirmam que não são contra reformas democráticas implementadas a partir de iniciativas dos próprios países árabes.

Os Estados Unidos, com sua iniciativa para o Oriente Médio e o norte da África, encara uma reforma democrática como crucial para diminuir a frustração política na região, que seria motivo para ações terroristas contra os Estados Unidos.

No entanto, Mubarak acredita que reformas precipitadas impostas de fora poderiam desestabilizar as nações conservadoras árabes da região, criar mais motivos para o extremismo islâmico e, consequentemente, reforçar a percepção ocidental de que o Islã representa uma cultura violenta.

Os dois países também criticam o plano dos Estados Unidos por ele dar pouca importância ao processo de paz entre israelenses e palestinos.




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