O empresário Willian Walder Sozza, afirmou na carceragem do Denarc, em Sao Paulo, onde foi preso nesta madrugada de sábado, acusado de comandar uma quadrilha de roubo de cargas na regiao de Campinas, que nao teve chances de se defender por causa do "circo montado pela CPI". Ele disse que havia decidido se entregar desde a semana passada, época em que foi divulgado o relatório final da CPI do narcotráfico.

Além disso, ele acusou a CPI de criar uma fantasia envolvendo seu nome baseada em informaçoes sem consistência do presidiário Jorge Méres.

Ele negou que estivesse envolvido com os deputados Hildebrando Paschoal e Augusto Farias. "Nunca os vi, nunca negociei com eles e nao sei o que fazem de suas vidas", disse Sozza.

Quanto ao indiciamento de seu irmao, Sozza disse que ele foi um erro da CPI, já que a conta com depósitos superiores s R$ 1 milhao nao era de Eduardo José Sozza, mas de um homônimo de seu irmao, Eduardo Sozza. Ele reclamou que a CPI nao teve o cuidado de checar o número de CPF.

O empresário acusou o Brasil dizendo que aqui nao há chances de defesa e que "somos acusados sem provas". Ele afirmou que teve que conviver com pernilongos e outros insetos e percorrer motéis e hotéis baratos.

Segundo Roberto de Arruda, delegado do Denarc, o destino de Sozza deverá ser definido pelo Ministério Público.