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Amorim vai a Israel e reitera cooperação para paz
Da Agência Brasil
26/07/2010 | 11:42
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O Brasil reiterou a Israel que se dispõe a cooperar nas negociações por um acordo de paz no Oriente Médio. A posição foi confirmada durante a visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no último domingo, em Jerusalém. No encontro, o israelense informou que deverá ser adiada a viagem a Brasília que estava prevista para o próximo mês. Ainda não há definição de nova data.

"O presidente Lula foi estimulado a participar de certas conversas [em busca de um acordo de paz]. Há um interesse em diálogo com vistas à paz. Vim trazer um pouco essas impressões. Obviamente essas coisas não permitem reações imediatas", disse Amorim, em entrevista coletiva, concedida em Jerusalém.

O chanceler afirmou que a reunião com Netanyahu foi bastante produtiva. "Vi que ele [o primeiro-ministro] ouviu tudo com muito interesse e fazia anotações. [Lembrei que nós, no Brasil,] recebemos vários emissários palestinos. Foi uma conversa interessante."

Há cerca de dois anos, as negociações entre palestinos e israelenses foram suspensas. Desde 2007, a região da Faixa de Gaza está submetida a um embargo econômico imposto por Israel. Recentemente foi autorizada a entrada de bens de consumo, como alguns tipos de alimentos, brinquedos, medicamentos e roupas. Mas a entrada de material para confecção de explosivos está vetada. A lista de proibições inclui material de construção.

As autoridades israelenses alegam que o bloqueio foi imposto por causa das pressões e ameaças do movimento Hamas, que assumiu o controle do território. Porém, as discussões ganharam mais força depois que Israel atacou uma frota com ajuda humanitária, em 31 de maio, provocando a morte de nove pessoas e deixando 30 feridas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se manifestou contrário ao bloqueio econômico imposto na região. Em discurso em Brasília, Lula comparou o embargo às ações terroristas. De forma semelhante pensa parte da comunidade internacional. A ONU (Organização das Nações Unidas) informou não apoiar as restrições.




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