Ao receber Schroeder, Kadhafi mostrou um vídeo sobre as minas para ilustrar seu desejo de que a Alemanha contribua para eliminar os artefatos deixados por seu Exército durante a Segunda Guerra Mundial e que, segundo o líder líbio, continuam causando vítimas.
Ambas as partes concordaram em buscar juntas uma solução para esse problema, afirmou uma fonte da delegação alemã.
Kadhafi também declarou que está plenamente a favor da luta contra o terrorismo e que espera que Estados como a Alemanha reconheçam os bons serviços da Líbia para a paz internacional.
Schroeder recusou-se a dar detalhes sobre sua conversa com Kadhafi. "Nenhum tema delicado foi evitado", limitou-se a declarar quando indagado se haviam abordado a questão dos direitos humanos na Líbia.
A visita de Schroeder é a primeira de um chanceler alemão à Líbia. Ela acontece depois de ter sido assinado, em setembro, um acordo para indenizar as vítimas de um atentado contra uma discoteca de Berlim (capital alemã), em 1986, em ato atribuído a agentes líbios.
A explosão da discoteca La Belle, que era freqüentada por soldados americanos, deixou 260 mortos e congelou as relações entre a Alemanha e a Líbia.
A aproximação alemã com a Líbia, especialmente através de associações entre a União Européia e o Maghreb, deverá contribuir para deter o terrorismo fundamentalista islâmico e estabilizar o Oriente Médio, segundo uma fonte alemã.
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