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PSB decide futuro de Ciro na 3ª
23/04/2010 | 07:57
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O comando nacional do PSB deu ontem ao deputado Ciro Gomes (CE) a saída política honrosa que ele desejava para que o partido possa abandonar definitivamente sua candidatura presidencial sem provocar crise interna na legenda. Em reunião com o presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e com o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, ficou combinado com Ciro que a proposta de candidatura presidencial será submetida aos diretórios regionais da legenda e discutida na terça-feira, na reunião da Comissão Executiva Nacional. Ontem mesmo os diretórios já foram comunicados dessa decisão.

A maioria prefere apoiar a aliança em torno da petista Dilma Rousseff e selará a retirada de sua candidatura, atendendo, inclusive, o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer o PSB coligado oficialmente com o PT na disputa sucessória.

Mas, mesmo sendo derrotado nessa consulta formal, o processo de apuração da opinião dos integrantes do PSB dará a Ciro o discurso de que sua saída da disputa foi uma decisão tomada pela maioria do partido e não um sinal de interferência externa de Lula ou de falta de prestígio interno e de enfraquecimento junto aos eleitores.

A reunião foi provocada pelas críticas públicas feitas por Ciro ao PSB, cobrando uma posição sobre a candidatura presidencial e reclamando que o partido precisava pensar grande para poder crescer.

Na conversa, realizada em Brasília, Ciro reafirmou sua disposição de disputar a eleição presidencial. Ouviu dos dirigentes que a maior parte do PSB prefere não ter candidatura própria para facilitar a montagem das alianças regionais, unificando seus palanques com o PT, na maioria dos casos. O partido terá candidatura própria ao governo em dez Estados.

Oficialmente, Campos diz que a decisão sobre a eleição presidencial ainda será tomada. Na prática, porém, a candidatura de Ciro nunca foi levada a sério dentro do partido e foi sendo desidratada aos poucos. O PSB, por exemplo, nunca procurou qualquer partido para tentar formatar uma aliança que garantisse maior tempo de propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio para Ciro. Também nunca concebeu uma agenda de eventos para que o deputado federal pudesse divulgar sua pré-candidatura pelo País, como têm feito Dilma e o tucano José Serra (PSDB).




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