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Barak quer formar ampla coalizao governamental
Do Diário do Grande ABC
24/06/1999 | 11:51
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Após cinco semanas de negociaçoes, o primeiro-ministro israelense eleito, Ehud Barak, espera formar a ampla coalizao governamental com que sonha. Barak conseguiu afastar o maior risco de uma adesao dos partidos religiosos a sua coalizao, ao renunciar seu projeto de alistar os estudantes ultraortodoxos no exército.

Em teoria, Barak dispoe de grandes vantagens para formar sua ampla coalizao governamental, visto que quase todas as formaçoes do Parlamento parecem dispostas a entrar no governo, o que lhe permitiria conseguir uma coalizao de pelo menos 75 deputados no total de 120.

O líder do Likud (direita nacionalista), o ministro das Relaçoes Exteriores, Ariel Sharon, é favorável de uma entrada no governo, sempre que possa exercer sua influência. O objetivo é garantir a continuaçao da colonizaçao judaica e impedir as concessoes aos árabes, consideradas excessivas pela principal formaçao nacionalista.

Mas, os responsáveis trabalhistas favorecem a uniao com os partidos fundamentalistas mais que com os nacionalistas. "O Likud nao é um parceiro para fazer a paz. Seria talvez um problema", afirmou esta quinta-feira o dirigente trabalhista, Yossi Beilin.

Quanto aos ultraortodoxos, a adesao ao governo é absolutamente necessária, para manter as subvençoes estatais ao amplo sistema de instituiçoes educativas gestionadas pelo Shass, segundo o líder espiritual do poderoso partido, o rabino Ovadia Yossef. "Uma comissao será constituída, mas a grosso modo o statu-quo se manterá e qualquer indivíduo que queira se dedicar a estudar poderá fazê-lo sem ser alistado pelo exército", disse à rádio um representante do Shass, Sinai Gilboa.

O acordo estipula que depois dos 25 anos, os israelenses isentos de serviço militar por razoes religiosas, nao serao chamados ao exército, embora nao estejam mais estudando em uma escola religiosa.

Segundo a lei, Barak tem até 8 de julho para apresentar seu governo ao Parlamento.




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