Os policiais estao sendo acusados de pertencer a quadrilhas responsáveis pelo crime organizado no Paraná, com envolvimento no narcotráfico, desmanches de veículos, roubos de cargas e até seqüestro de crianças. As denúncias foram feitas por testemunhas ouvidas pelos membros da CPI do Narcotráfico, durante a passagem por Curitiba. A maioria dos policiais citados apresentou-se espontaneamente ao delegado da DIC. Apenas o policial Homero Andretta Baggio precisou ser preso em uma casa no Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Mauro Canutto foi denunciado como chefe de uma das principais quadrilhas de demanche de veículos em Curitiba. Ao ser afastado das funçoes pelo governador Jaime Lerner, tao logo teve o nome citado na CPI, Canutto estava trabalhando na Delegacia de Homicídios. Antes, ele já tinha atuado na Divisao de Segurança e Informaçoes, sob o comando de Noronha, e na Delegacia de Estelionato. Canutto deve ser um dos principais acusados a serem ouvidos pela CPI em Brasília.
O advogado de Noronha, Luiz Alberto Machado, entrou há mais de uma semana com pedido de revogaçao da prisao temporária do ex-delegado-geral. Ele alega que nao há provas que sustentem a prisao, visto que a decretaçao baseou-se em acusaçoes de testemunhas presas, algumas delas pelo próprio delegado acusado. Machado também argumenta que nao há garantias de segurança de vida, caso Noronha seja preso. O pedido pode ser apreciado esta semana pelo Tribunal de Alçada do Paraná.
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