Neste mês, o diretor da Abih calcula que de 14 mil a 15 mil dos 22 mil leitos dos hotéis do Rio de Janeiro sejam ocupados - um aumento de até 20% em relaçao aos anos anteriores. O aumento mais notado por Vivacqua é dos turistas argentinos, que costumam representar 30% dos turistas que visitam a cidade.

A política rígida de câmbio do país vizinho, cuja moeda, o peso, é do mesmo valor do dólar, é um motivo para o argentino vir para o Rio de Janeiro, onde a flutuaçao da moeda norte-americana tornou os preços baixos. A desvalorizaçao também manteve o turista brasileiro em território nacional, explicou Vivacqua: os preços no exterior quase dobraram, depois que a cotaçao do real passou a ser flutuante.

Os turistas europeus e norte-americanos também passaram a viajar mais para o Rio, atraídos pelo preço, afirmou o diretor da Abih. "Eles acham muito barato pagar R$ 8, ou cerca de US$ 5 por uma refeiçao em um restaurante de comida a quilo", afirmou Vivacqua. "Isso nao existe na América ou nos países europeus."

A Riotur, empresa municipal de turismo, informou que, neste ano, a previsao é de que seja alcançada a marca de 2 milhoes de turistas estrangeiros na cidade. O número era esperado somente para o final do ano 2000. No ano passado, o município recebeu 1,445 milhoes de visitantes estrangeiros - 32% do total que veio ao Brasil.