O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais e a Prefeitura Municipal de Rio do Oeste (região do Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina), vão lançar o frango colonial orgânico, que representa uma nova e rentável atividade econômica aos pequenos avicultores. A experiência será levada a outras regiões do Estado, e dentro de três anos o Senar e seus parceiros pretendem introduzir a criação de marrecos orgânicos.

O Senar ministrou cursos nas comunidades rurais e capacitou 75 criadores, dos quais 28 resolveram fundar a Cooperativa Regional Vale Agrocolonial (Cooperva). A produção de frango colonial orgânico começa a ser entregue aos supermercados , buscando atender àquele consumidor que se preocupa em comprar alimentos sem produtos químicos e sintéticos, normalmente usados na avicultura tradicional.

Segundo o superintendente do Senar/SC, João Gava, a atividade representa uma alternativa econômica viável para as pequenas propriedades rurais e tem mercado consumidor em expansão. O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Rio do Oeste e idealizador do projeto, Lindolfo Hoepers, destaca que esse ramo da avicultura pode ser conciliado com as demais atividades rurais, exige baixo investimento e a alimentação das aves é produzida nas propriedades.

Cada avicultor mantém um aviário-padrão de 50 metros quadrados, com capacidade para 100 a 500 aves, que são criadas no sistema de semiconfinamento. Os vegetais e tubérculos correspondem a 30% da alimentação do frango colonial, e o restante são rações orgânicas, sem produtos sintéticos ou proteína animal. A Cooperativa permite ao criador participar das diversas etapas da cadeia produtiva, como a aquisição de animais, insumos e equipamentos, acompanhamento do processo de industrialização e comercialização do produto.

A ave tem um desenvolvimento mais lento e só chega na fase adulta aos 90 dias, enquanto o frango industrial de corte, criado em confinamento total, é abatido com 42 dias de vida. O frango colonial orgânico deve chegar ao consumidor a um preço médio de R$ 3,50 o quilo, proporcionando lucros de 35% para o avicultor. Segundo o Senar, o mercado para o produto é de aproximadamente 8% em nível nacional, mas a tendência é que haja um aumento progressivo devido à crescente preocupação dos consumidores com a saúde.

Informações da Agência Brasil.