Nacional Titulo
'Operação Ciclone': delegado pede ajuda à população
01/04/2004 | 21:27
Compartilhar notícia


O chefe de Polícia Civil do RJ, delegado Álvaro Lins, pediu nesta quinta a ajuda da população para prender os seis integrantes da quadrilha que tem ramificações em cinco Estados do país e abastece o Rio com maconha. Dos 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça, apenas sete foram cumpridos quarta-feira, na chamada Operação Ciclone. Outras duas pessoas foram presas em flagrante, num total de nove prisões. Nesta quinta à tarde, três criminosos presos fora do Rio foram apresentados.

Apontado como o chefe da organização, o empresário Rogério Siqueira Azambuja, que mora no Maranhão, é um dos foragidos. "Nós vamos divulgar as fotografias deles para que a população possa ajudar e já recebemos algumas denúncias (pelo Disque-Denúncia)", disse Lins. A organização atuava no Rio, São Paulo, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Segundo a polícia, além de Azambuja, são procurados: Lúcio Pedro Alvarenga, o Vovô; Cristiano Yunesco Liechoski; Pedro David Bezerra, o Di Pedro; Washington Tatagiba, o Tatagiba; e Francisco Pedro de Carvalho, o Chiquinho. Os dois primeiros moram em Copacabana, na zona Sul do Rio, e os outros seriam traficantes da favela do Jacarezinho, na zona Norte da cidade. Eles distribuiriam a maconha para a classe média e outras favelas da cidade.

Na sede da Polícia Civil, no centro, Lins apresentou o empresário Valdecir Raimundo Gomes do Prado, preso em São Paulo; Douglas Lafayete Julião, que foi capturado em São Luís (MA) e é suspeito de ser sócio de Azambuja; e Aral Matoso, detido em Ponta Porã (MS), apontado como o responsável pela contabilidade do bando. Segundo a polícia, os três representam o topo da quadrilha.

Das dez contas bloqueadas pela Justiça, em duas levantadas até agora, havia depósitos de R$ 150 mil, em cada uma. A polícia acredita que o valor total movimentado chegue a R$ 1 milhão e que os integrantes da quadrilha também fizessem lavagem de dinheiro, pois trabalhavam com o ramo de transportes, tinham joalherias, casas de câmbio e empresas de importação e exportação.

A partir desta sexta, a polícia vai analisar o material apreendido. A Operação Ciclone envolveu policiais civis do Rio e a polícia local dos outros Estados. A maconha vinha do Paraguai com destino ao Rio. Segundo a polícia, o carregamento chegava a 16 toneladas da droga por mês.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;