Economia Titulo Bancários
INSS diz que não suspenderá benefício durante greve dos bancos
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
03/10/2016 | 07:09
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Durante a greve dos bancários, que entra hoje no 28º dia corrido (19º útil) em todo o País, surge uma preocupação por parte de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O que acontece com quem precisa fazer a prova de vida?

A prova de vida e a renovação de senha para receber aposentadoria ou pensão são procedimentos anuais exigidos pelo órgão para garantir que o segurado ainda está vivo, e que não se trata de fraude. No entanto, isso só pode ser realizado no banco, e com o auxílio de um profissional.

“Nenhum benefício será suspenso por não ter sido feita a prova de vida durante a paralisação das instituições bancárias”, garante o INSS. “Devem fazer a prova de vida todos os que recebem benefício há mais de um ano. No entanto, durante a greve dos bancos não ocorrerá o bloqueio de nenhum pagamento.”

ASSEMBLEIA - Hoje, às 17h30, haverá assembleia na sede do Sindicato dos Bancários do ABC, em Santo André, para que sejam definidos os novos rumos do movimento. A greve se aproxima da, até então, maior paralisação da categoria, realizada em 2004, quando os bancários cruzaram os braços por um mês.

Na semana passada, houve rodadas de negociações com Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), mas não se chegou a acordo. A entidade que representa os bancos praticamente manteve a proposta anterior, ao oferecer 7% de aumento salarial mais abono de R$ 3.500 – R$ 200 a mais do que na última reunião. Também foi apresentado reajuste para 2017, composto pela inflação do período mais 0,5% de crescimento real.

De acordo com Belmiro Moreira, presidente do sindicato, a categoria exige, pelo menos, que haja aumento real, ou seja, acima da inflação. Até agosto, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula 9,62% em 12 meses. O pleito dos bancários é de correção de 14,78%.

Ainda, é pedido piso salarial de R$ 3.940, conforme salário mínimo definido pelo Dieese – hoje, valor de entrada é de R$ 1.900. E PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais um fixo de R$ 8.317,90 – atualmente, a quantia é limitada a 2,2 salários. Quanto aos benefícios, o pleito é de ampliar o vale-refeição, de R$ 652 mensais para R$ 880. O mesmo valor é pedido para a cesta-alimentação, que hoje é de R$ 490. 




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